domingo, 26 de outubro de 2008

O JPT e o FDP da AEMO

Podem chamar os nomes que quiserem ao JPT. Ele também não é de se poupar a esse tipo de "agrados".
Agora, se há coisa que não lhe podem chamar, é de "ilustre desconhecido no mundo da cultura moçambicana" (maputense?). Ele não só é por essas bandas muito bem conhecido, como um dos seus principais divulgadores.
Acima de tudo, há que não dar muita importância ao sucedido, tendo em conta que o agravo parte de alguém que parece sofrer de esquizofrenia aguda. Num momento afirma "nunca li José Saramago" para num outro admitir que acha a sua escrita chata "Portanto se a acho chata é porque já a li". Refere-se ao JPT como "um tal de Teixeira – não conheço os outros nomes" e logo a seguir descreve o seu (suposto) percurso profissional, do qual, que nem eu, sua (suposta) amiga, tenho conhecimento. Finalmente, é para este coerente representante da Associação de Escritores Moçambicanos, "uma grande honra e prazer ter um nome como Pacheco Pereira na nossa associação" mas assim como assim, também o vai mandando para a PQOP . . .
. . . e siga a dança, que os mimos acabaram na caixa de comentários.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

de Lisboa, despeço-me de África com esta homenagem, feita em Agosto (21/08/89 - data do aniversário da sua morte) mas que, com a confusão da viagem, acabei por não publicar.

O meu "choradinho" preferido - Raul Seixas Ouro de tolo

Tema cuja autoria muita gente desconhece - Raul Seixas - Gita

Um pouco de História - MTV+ Raul Seixas - parte 1, MTV+ Raul Seixas - parte 2, MTV+ Raul Seixas - parte 3

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A nossa Vainessa é oiro

«Esta prata é como ouro. Significa muito para mim, pois Portugal é um país pequeno e não tem as condições da Austrália ...», diz Vanessa Fernandes, que nunca nos deixa ficar mal.

Mas foi a delegação portuguesa, com a sua entrada triunfal, que mais atenções obteve na China. Como se pode ler aqui



É pena que a polémica seja em chinês

sábado, 16 de agosto de 2008

"Trazes em ti mais do que eu te dei"

Obikwelu já não corre mais ".... Porque já não preciso e tenho muitos problemas nos joelhos, mas não é desculpa ..." (Público)

É uma razão mais que válida para um pedido de desculpa, se eu me sentisse no direito de o receber.
Como diz o Daniel Oliveira “Nós é que agradecemos”.

Para além de que já nos deste isto.

Eu é que peço, desculpa lá qualquer coisinha. Já não falo da maneira como te recebemos no país que, depois, escolheste representar. Refiro-me ao facto de não haver naquela *!#?#&#%* daquela maravilhosa aldeia olímpica, uma cama à medida para um atleta do teu gabarito. Como alguém me disse, "se fosse o comité olímpico de outro país qualquer, importava uma, por mala diplomática, no primeiro momento" mas como somos portugueses . . . tiveste que juntar duas camas . . .

Agora . . . fiquei com curiosidade em saber como é que os outros atletas se desenrascaram . . .
Aparentemente, o de lançamento do peso dormiu bem

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Obikwelulélélélé

«O atleta português Francis Obikwelu qualificou-se hoje para a segunda eliminatória dos 100 metros dos Jogos Olímpicos Pequim2008, ao vencer com facilidade a sétima das 10 séries da primeira ronda, com o tempo de 10,25 segundos. (...) "Tive um bocado de medo. Depois da falsa partida, meti na cabeça que era melhor descansar e não sair muito depressa, para não acontecer como no ano passado", afirmou o velocista do Sporting, de 29 anos, que considerou a pista "muito rápida".
Os cuidados do português na partida são provados com um dado: foi o terceiro mais lento a reagir na saída dos blocos, apenas à frente do ucraniano Dmitro Gulshchenko e de Michandong Reginaldo, da Guiné Equatorial.
» ( JN)

«...Francis Obikwelu, ao qualificar-se para as meias-finais dos 100 metros, foi hoje a grande figura portuguesa no sétimo dia de competições dos Jogos Olímpicos Pequim2008 (...) "Amanhã [sábado] vou partir tudo para chegar à final", prometeu Obikwelu, que, no entanto, vai ter como adversários alguns dos mais importantes velocistas do Mundo, como o jamaicano Asafa Powell e o norte-americano Tyson Gay.» (JN)

«As meias-finais realizam-se manhã, com início às 20h00 em Pequim (13h00) em Portugal.» (CM)

«A preocupação agora é recuperar do esforço das duas corridas de hoje, para estar ao melhor nível nas meias-finais. "Estive a fazer um bocado de gelo, massagem e agora vou pôr mais gelo", afirmou, considerando que a discussão por um lugar na final vai ser uma corrida perigosa. "Vou partir melhor. Tive algum medo, por causa da falsa partida. Não dei tudo [nesta eliminatória]", referiu, aludindo à dupla falsa partida que ditou a sua exclusão no Mundial de Osaca, no Japão, em 2007.» (Público)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Burrada olímpica

Com os jogos olímpicos a decorrer, não posso deixar de repetir esta anedota.

Na lanchonete da Vila Olímpica de Atenas, um bêbado (não me pergunte de onde ele veio que eu também não sei!) cutuca uma mulher e diz:
- Posso te c-contar uma (hic) piada de loira?
- Você que sabe! — respondeu ela — Mas olha bem p’ra mim! Eu sou Sueca, loira natural, tenho um metro e oitenta de altura, 70 quilos, sou triatleta e faço luta greco-romana!

O bêbado fica olhando e não diz nada. Ela continua:
- Agora dá uma olhada na minha amiguinha aqui do lado! Ela é loiríssima, tem um e noventa de altura, pesa 85 quilos… É jogadora de basquete!

O bêbado continua impassível e a loira prossegue:
- Agora olha p’ro outro lado! Tá vendo essa loira maior do que a Peiticeira?
- A-ham…
- Pois então, somos amigas de infância! Ela é campeã sul-americana de halterofilismo, tem um e oitenta de altura e quarenta centímetros de braço!

E o bêbado continua só olhando.
- Agora a escolha é sua, se você quiser contar a piada, vá em frente!

O bêbado pensa um pouco, olha para cada uma das loiras e diz:
- Ah, se tiver que explicar três vezes eu prefiro nem contar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Regresso a Lisboa

Já só penso em voltar para casa (também não me sai da cabeça um pormenor de somenos importância, como fazer as malas, mas rapidamente o ignoro e adio, até ao momento em que o táxi aparecer lá em baixo para nos levar para o aeroporto).
Foi nessa expectativa, que me veio à memória uma imagem que me ficou gravada, como um retrato. A minha tia-não-sei-quantas-vezes-avó, de 90 anos, sentada a coser numa máquina de costura Singer (peça de museu) provavelmente mais recente que a senhora, a cantar para mim a “Alegre casinha”.

Aqui, na versão original (a interpretação deixa muito a desejar). Aqui, uma versão instrumental de um dos muitos utilizadores do You Tube, que tem a particularidade de tocar a melodia mais ou menos correcta.

Curiosidade: a parte que falta na versão dos Xutos, o refrão, reza assim:
Tudo podem ter os pobres ou os ricos de algum dia, mas quase sempre o lar dos pobres tem mais alegria.
A sabedoria popular no seu melhor.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Lei de Murphy

Numa tradução livre no inicio do blog (por Tom Jobim), esta lei diz que quando algo corre mal, há sempre mais qualquer coisa que pode correr menos bem.

Em vésperas de regressar a Portugal, quisemos dar uns dias de praia à criança (não vai ter tempo para isso quando chegarmos). Depois de uma pesquisa nas páginas meteorológicas, cheguei à conclusão de que o tempo ia piorar.
Aqui, estamos no pino do inverno e está frio (o suficiente para eu me molhar só até ao joelho mas ainda dá para ela passar meia hora seguida no molho, de onde só sai quando eu a chamo porque em vez de um saudável vermelho-quase-lagosta, ela começa a ficar roxa). Decidimos de imediato (no primeiro fim-de-semana de Agosto).

Nota: faço notar, a quem não me conhece, que quando digo “vermelho-quase-lagosta” estou a gozar com os turistas que tanto apreciam esse tom e relevo de pele mas não me passa pela cabeça deixar a filhota chegar sequer à cor, quanto mais ao tom (é claro que já me descuidei mas é raro).

Tudo correu mal.
Como o Paulo muito bem sintetizou e sem entrar em pormenores, a natureza não programou a nossa ida à Inhaca. O resultado foi um dia de praia sem mar, pois a maré só encheu a horas indecentes. O vento estava tão forte e tão frio que nem na piscina dava para estar.

Bom . . . nem tudo correu mal . . . a meio da última noite e de uma insónia provocada pela algazarra que o vento fazia nas arvores (Sintra é, em comparação, o lugar mais silencioso do mundo), um pássaro (exótico certamente), que madrugada fora refilou bem alto por uma parceira, fez-me lembrar de que estamos em África e do meu fascínio por ela.
A espertina permitiu-me também traçar, com três horas de antecedência, um rigoroso plano de emergência, caso a avioneta (que o Paulo apelida de sapato) caísse no regresso.

Eu não tenho nada contra as avionetas de 15 lugares (apenas terror) mas tenho tudo contra os aviões em geral.
Até que me tenho portado muito bem, tendo em conta o pavor que tenho de voar numa lata fechada, atestada de gasolina e de ilustres e imprevisíveis desconhecidos.
Apenas duas vezes perdi a compostura. Uma, quando reparei que os lugares nos aviões normais estavam a ficar cada vez mais apertados, inclusivamente para mim que tenho a particularidade de caber em qualquer cochicho e uma segunda vez, quando um passageiro desesperado pelo calor tentou fazer uma ligação directa na ventoinha de uma avioneta (sapatinho) que tresandava a gasolina. “Por que no te quedas?!!!” (Ops! Má escolha e eu sem madeira por perto)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Brushing das pestanas

Tenho o mesmo rímel que herdei da minha mãe (sem ela saber) desde a adolescência. Ou antes, tinha, o rímel desapareceu e algo me diz que já passou para a próxima geração. É muito raro pintar-me e quando o faço, uso apenas o dito e um pouco de cor nas maçãs e nos lábios, para ir a um jantar mais especial ou algo do género. Coisa leve. Normalmente só as mulheres é que reparam que me pintei.

Há dias, como não encontrava a relíquia, tive que pôr um rímel novo, uma incógnita para mim. Daqueles que, anunciam, dão mais volume às pestanas.
E não é que dão mesmo! Fiquei impossibilitada de pestanejar e duas linhas escuras atravessavam o meu campo de visão.
Como já não tinha tempo para limpar aquela pasta dura, limpei a escovinha com papel (como costumo fazer) para separar as pestanas melhor. Piorou. Em S. O. S. pedi à minha filha o pente das bonecas. Nada feito . . . por pouco não ficava com ele lá colado também. Entretanto a nossa boleia chegou e saímos.

Chegados ao restaurante, tive que avisar os convivas para terem cuidado com os cumprimentos, não fosse eu vazar-lhes um olho.
Vermelha, sem sequer ter posto blush, expliquei às duas convivas curiosas, que como estava habituada a usar o antigo, ainda não tinha experimentado aquele rímel novo e não lhe conhecia os efeitos perversos. Teria que vasculhar a casa e encontrar o outro.
“Mas o rímel só se pode usar até três meses depois de abrir! Pode causar infecções.”, “Nunca tive problemas". Aparentemente o meu rímel, o que herdei da minha mãe, já estava morto. Agora está morto e enterrado.

Tenho que ficar atenta às pestanas da filhota.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Coincidências do 'caraças'?




Breve Retrospectiva de 1981




1 O Príncipe Charles casou-se.


2 O Liverpool foi campeão da Europa.


3 A Austrália perdeu o Torneio de Ashes.


4 O Papa morreu.




Breve Retrospectiva de 2005




1 O Príncipe Charles casou-se.


2 O Liverpool foi campeão da Europa.


3 A Austrália perdeu o Torneio de Ashes.


4 O Papa morreu.




Moral da história : Se o Príncipe Charles resolver casar-se de novo, alguém por favor, avise o Papa!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Precious

Para quem, como eu, nunca teve oportunidade de os ver (o relvado era muito grande e eu sempre precisei de muito espaço para dançar) . . . mas se os ouvi . . . e se dancei . . .

Aqui o som não é tão bom, mas podem apreciar . . . como são belos os Dexy's Midnight Runners

Bem hajam! (que ainda agora me fazem saltar da cadeira "mis caderas")

Quem? Paranóica? Eu?!?

Como fazer pipocas com telemóveis

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Justiça poética

Sabe tão bem, não é?

Não tenho que reclamar, contestar, nem escrever carta. É só esperar.

Há quem diga que vem com a volta do correio. Outros falam de pagamentos ou de Karma . . .

Pode levar dias ou anos (é melhor não esperar sentada) mas vêm sempre.

Eu nem quero saber se é o carteiro, o contabilista ou o Chi . . . não falha.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Viva la vida

Inti-Illimani "Alturas"



Para o aniversariante que fez anos em Março (Ops! quase deixava passar), um grupo que ele muito gosta e que fez 40 anos em Agosto do ano passado. Tem tudo a ver.



E obrigada ao avô que me ensinou o instrumento que me permitiu tocar estes temas pela vida fora . . . o assobio.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Uma blogger às cegas

No meio da confusão gerada pelos p-fólios do segundo semestre e outras confusões que não são agora para aqui chamadas, visitei a Yoani Sanchez no seu movimentado blog que já tinha referido aqui e aqui.

Porque o blog é censurado em Cuba aqui vai o texto original e a tradução possível.

01 07 2008
Red ciudadana
Escrito por: Yoani Sanchez en Generación Y



«Lo que comenzó como un impulso individual, se está convirtiendo en una plaza de encuentro para la discusión y el debate. Generación Y ha logrado involucrar a un montón de personas en todas partes del mundo que me ayudan con la actualización, las traducciones y la difusión de los textos. La colaboración principal ha sido para colgar los posts, pues desde la última semana de marzo no he podido acceder al sitio en los cibercafé públicos ni en los hoteles. De manera que envío mis textos por email, algunos amigos los publican y me mandan -también por correo electrónico- los comentarios que dejan los lectores. Soy una blogger a ciegas, una cibernauta con una balsa que hace aguas y que logra flotar gracias al apoyo de una espontánea red ciudadana.

Todo el portal http://www.desdecuba.com/ sigue bloqueado en los servidores de locales públicos. He ido haciendo una copia de los mensajes de error que muestran los navegadores cuando intento acceder y aquí les dejo una muestra. También sé que el apagón no es total. Amigos que tienen internet en sus centros de trabajo pueden visitar el sitio, pero eso me sirve de poco, pues a esos lugares soy yo la que no puedo entrar.

No obstante, tengo los mismos deseos de escribir en esta bitácora que cuando empecé. Ahora con más testarudez, pues no hay nada que me resulte más atractivo que aquello que se me impide hacer. Para saltar las dificultades de la conectividad y llegar a los lectores dentro de la Isla, otros amigos han creado un minidisk con el contenido del Blog, que distribuyen gratuitamente. A todos quiero agradecerles el apoyo, los remos y el viento que me permite mantener el rumbo.»

«O que começou como um impulso individual, está a tornar-se num local de encontro para discussão e debate. O Geração Y conseguiu envolver um grande número de pessoas em todas as partes do mundo que me ajudam com a actualização, as traduções e a divulgação dos textos. A principal colaboração tem sido para colocar os posts, pois desde a última semana de Março não tenho podido aceder ao site nos cibercafés públicos ou nos hotéis. De maneira que envio os meus textos por e-mail, alguns amigos publicam-nos e mandam-me - também por correio electrónico - os comentários que os leitores deixam. Sou uma blogger às cegas, uma cibernauta com uma jangada que mete água e que consegue flutuar graças ao apoio de uma rede espontânea de cidadãos.

Todos o portal http://www.desdecuba.com continua bloqueado nos servidores dos locais públicos. Tenho vindo a fazer uma cópia das mensagens de erro que os navegadores mostram quando tento aceder e aqui lhes deixo uma amostra. Também sei que o apagão não é total. Amigos que têm Internet nos seus locais de trabalho pode visitar o site, mas isso serve-me de pouco, pois nesses lugares sou eu quem não pode entrar.

No entanto, tenho a mesma vontade de escrever neste blog que quando comecei. Agora com mais teimosia, porque não há nada que resulte mais atractivo para mim que aquilo que se me impede de fazer. Para ultrapassar as dificuldades de conectividade e chegar aos leitores dentro da Ilha, outros amigos criaram um minidisco com o conteúdo do blog, que distribuem gratuitamente. A todos quero agradecer o apoio, os remos e o vento que me permitem manter o rumo.»


Não tem de quê, ajudar é sempre um prazer.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O fugitivo, nem pouco mais ou menos

Como já tinha referido aqui e aqui, o homem tem sido perseguido, indecentemente e agora está aborrecido.

«Vale e Azevedo só volta se o obrigarem (...) e acredita que em Inglaterra vai ter justiça, ao contrário de Portugal» (RTP)

Quererá ele ficar preso em Inglaterra? É capaz das condições serem bem melhores.

É que realmente! . . . não há direito nem justiça em Portugal . . . dizem que prendem e depois nada?!
Mas ele é paciente.

«Advogado britânico diz que ainda não foi notificado sobre mandado de detenção» (Público)

Pode ver-se nestes vídeos (videos.sapo.pt) como o pobre está indignado . . . toda esta indecisão que só lhe atrasa a vida!

PGR aguarda detenção de Vale e Azevedo (23/06/08)

Advogado diz que Vale e Azevedo não quer fugir (23-06-08)

Advogado de Vale e Azevedo ainda não foi notificado (25/06/08)

Vale e Azevedo é empresário de sucesso em Inglaterra (25-06-08)

Vale e Azevedo evoca argumento de cúmulo jurídico (25-06-08)

Mas reparem que o homem ainda não desistiu de ser preso em Portugal e desdobra-se em tentativas

«Vale desvia 2 milhões do Benfica
Crime: Denúncia partiu de Manuel Vilarinho e o caso está na Judiciária» (Correio da Manhã)


terça-feira, 24 de junho de 2008

Mãe, vende-me os certificados de aforro

. . . e abre-me uma conta na Suíça.

«Meus amigos, esqueçam os certificados de aforro! Só no último ano atingem uma taxa interessante que obviamente não paga o “preço” de ter o dinheiro parado e mal pago durante os 9 anos anterior. Sim, há depósitos a prazo a render 5% brutos e até ligeiramente mais, disponíveis no mercado» Economia & Finanças

«o Governo também não se coibiu de reduzir a taxa de remuneração, violando os direitos adquiridos pelos aforradores que, quando compraram certificados, fizeram-no com base num conjunto de condições.» Ladrões de Bicicletas

Esta notícia é de Janeiro, data em que a portaria foi publicada. Como se prova, sou um bocado atrasada em finanças.

Não é que os meus trocos sejam muitos mas é por isso mesmo que estes abusos me afectam.
Para quem está na mesma situação. Com aquela sensação de que, mais uma vez, lhe foram ao bolso sem avisar, aqui estão algumas dicas. Ou então "vá pelos seus dedos" aqui.


(14-08-08) «Crise dos certificados de aforro agrava-se em Julho (DN)

Alerta internacional

. . . para Vale de Azevedo se pôr ao fresco.

«O procurador-geral da República garantiu ontem que está a ser ultimado um mandado de detenção europeu para o antigo presidente do Benfica João Vale e Azevedo e mostrou-se confiante no seu cumprimento» (DN)

É simpático. Eu gosto que me avisem quando vou ter que sair de casa . . . para saber o que vestir.

«O mandato internacional do Ministério Público deverá entrar a qualquer momento no sistema informático da Internpol e da Europl, que solicitarão a um tribunal de Londres que ordene a extradição»

«“um procedimento internacionalmente aceite”, afirmou Pinto Monteiro, esclarecendo que o mandado foi “enviado às autoridades inglesas”.

“Naturalmente será cumprido”, acrescentou o PGR, alertando contudo para o facto de “como o mundo é muito grande ser difícil o seu cumprimento”.» (Público)

Naturalmente que é . . . e agora ainda mais.

(Bolds meus)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Portugal


Em Fátima pedimos que o nosso Fado não seja este.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Durão solidário com os irlandeses

«Numa alusão à crise institucional em que a UE mergulhou há três anos, na sequência da rejeição do anterior projecto de Tratado Constitucional em referendos em França e na Holanda, o presidente do executivo comunitário afirmou que a Europa não se pode dar ao luxo de continuar a "gastar energias" com mais crises institucionais e tem de combater o pessimismo.

"O Mundo não fica à espera que a Europa resolva o seu problema institucional" e é necessário enfrentar os desafios globais tais como a segurança energética, alterações climáticas, terrorismo, imigração e "uma competição mais dura que nunca", afirmou.» (Público)

Depreender-se-á por aqui, que vão arregaçar as mangas, colocar a questão do tratado para trás das costas e começar a trabalhar a sério.

«Barroso garantiu no entanto que Dublin pode contar com o apoio de Bruxelas e dos restantes Estados-membros.
"Vamos trabalhar com os nossos amigos irlandeses num espírito de solidariedade", assegurou.» (SIC Online)

Espírito de solidariedade . . . isto promete.

«O presidente da Comissão Européia voltou a dizer que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa deve prosseguir nos oito países que ainda não assumiram uma posição, para depois se procurar - sem precipitação, mas com alguma urgência - a solução para superar a crise.

Na sessão plenária, alguns deputados britânicos eurocéticos empunhavam faixas e exibiam camisetas com os dizeres: "Respeitem o voto irlandês".» (Lusa)

É que cada vez percebo menos de política.

Mas de jornalismo vou percebendo algumas coisas. Como o facto dos jornalistas recorrerem com muita frequência ao copy paste das notícias da Lusa e aparentemente uns dos outros (reparem nos dois últimos parágrafos em cada notícia).
Ué?! eu também faço isso mas eu sou uma bloguinha (e tento ser um nadinha mais criativa).

"É um jornalista português!!!"

Premiado pelo seu trabalho "A Guerra", a série documental mais interessantes que vi nas últimas décadas.

« é um trabalho ímpar que oferece uma leitura simultaneamente global e detalhada do conturbado período bélico que precedeu a revolução de 25 de Abril de 1974, opondo as Forças Armadas portuguesas aos movimentos de guerrilha que lutavam pela independência dos territórios coloniais de Angola, Guiné e Moçambique. Um período decisivo e que teve um impacto profundo na sociedade portuguesa, não tendo até hoje recebido o esclarecimento e aprofundamento histórico devidos. » (RTP)

«"Estamos perante uma investigação baseada numa cuidadosa e criteriosa pesquisa de arquivo, mas cuja construção narrativa, ao cruzar géneros jornalísticos diferenciados, possibilita uma reconstituição de grande significado documental que, simultaneamente, permite uma melhor compreensão e abre novas perspectivas de abordagem sobre um período e acontecimentos de importância fundamental na nossa História recente", afirma o júri em comunicado, justificando a atribuição do prémio.» (Público)

Podem, se ainda não viram, ver agora este excelente trabalho jornalístico.

A GUERRA
Um programa de Joaquim Furtado
RTP - Outubro, Novembro e Dezembro de 2007

Pode também ver o Spot promocional no You Tube

terça-feira, 17 de junho de 2008

Democracia às vezes

«A Irlanda ficou com a responsabilidade de encontrar uma saída para o impasse que ela própria criou.
(...)
tendo o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendido a continuação do processo de ratificação, a despeito do “não” irlandês
(...)
"Estamos convencidos de que as reformas contidas no Tratado de Lisboa são necessárias para tornar a Europa mais democrática e mais eficaz e que lhe permitirão responder aos desafios com que os nossos cidadãos estão confrontados", afirmaram, na mesma linha, os líderes da França e da Alemanha numa declaração de reacção conjunta.» (Público)

Cá em casa também é assim.
Todos temos opinião válida.
Se escrutinamos uma ida ao Jardim-zoológico em família e eu voto não, eles vão sozinhos.

«O PCP alerta ainda “para as manobras dos que, à semelhança do que sucedeu com a rejeição popular na França e Holanda, pretendem agora manter a ratificação de um Tratado que está juridicamente morto”.

Também o eurodeputado do Bloco de Esquerda se congratulou com a vitória do “não”, considerando que os eleitores irlandeses concretizaram um desejo “de todos os europeus que queriam votar [neste tratado] e foram impedidos pelos seus Governos”. Criticando os que defendem a continuação do processo de ratificação, Miguel Portas garante que, “neste momento, o Tratado de Lisboa está morto”.» (Público)

E isto não é "porreiro" para uma certa carreira que já nasceu . . . digamos que não foi de parto natural.

(os bolds são meus)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Falta de pelo



Deixá-los comentar à vontade . . . isso é falta de pelo.


"...sonhando versos e sorrindo em itálico..."

"Ah a frescura na face de não cumprir um dever!

Faltar é positivamente estar no campo!

Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!

Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros.

Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,

Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que eu saberia que não vinha.

Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.

Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.

É tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,

Deliberadamente à mesma hora…

Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.

É tão engraçada esta parte assistente da vida!

Até não consigo acender o cigarro seguinte…

Se é um gesto,

Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida."

1929, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Mundo Pessoa

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Já fui à Beira e fartei-me de andar

Tentando conhecer algo sobre a segunda cidade de Moçambique, passei a manhã toda à procura de informações e imagens sobre a Beira, na internet. Pouca coisa encontrei, para além destas bonitas fotografias.
Depois do almoço, fez-se luz . . . atão e o youtubiu?

Bingo! Para que todos vejam, um documento etnográfico (filmado em 2006).

BEIRA -1 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 2 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 3 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 4 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 5 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 6 MOÇAMBIQUE, BEIRA - 7 MOÇAMBIQUE.

Eu, abstenho-me de comentar . . . muito se poderia dizer mas não temos tempo (já o perdi de manhã). Mando apenas as minhas condolências à empregada da senhora.
Aos comentários anónimos, que hão de chover, peço que mantenham a compostura.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Ele não fez aquilo para matar o colega"

«(...)condutor do pesado de mercadorias que atropelou José Ventura já foi constituído arguido pelo tribunal de Torres Novas, aguardando julgamento com termo de identidade e residência.

O acidente ocorreu esta terça-feira por volta das 13 horas, depois do motorista de um camião que tinha efectuado a descarga no centro de distribuição ter sido obrigado pelo piquete a imobilizar a viatura.

Segundo o tenente Figueiredo, o dono da transportadora acabou por deslocar-se ao local para retirar o pesado, mas foi recebido com insultos e tentativas de agressão física. Na altura, várias grevistas penduraram-se na cabina do veículo, mas acabaram por cair depois do camião avançar «dois a três metros», altura em que José Ventura foi atropelado. O condutor do pesado acabou por parar mais à frente na berma da EN3, tendo sido conduzido pela GNR ao posto de Santarém.» (IOL)

«José Ventura, o motorista falecido, 53 anos, proprietário de uma pequena empresa de transportes do concelho de Torres Novas, "pendurou-se na janela da cabine do camião", para tentar convencer o motorista a não abandonar aquela área (nó da A1 com a A23), onde se mantinha, ao final do dia de ontem, um dos piquetes para promover a paralisação dos transportes de mercadorias. Depois de "abrandar a marcha", o condutor do camião "acelerou e no cruzamento, apesar do sinal Stop, virou para a esquerda sem parar, recorda, ao DN, Manuel Agostinho, outro dos elementos do piquete, que, na altura almoçava com alguns colegas. José Ventura caiu, acabando por ser apanhado pelo rodado do veículo, conta, ao DN, um motorista, sem subscrever totalmente esta versão. "Ele não fez aquilo para matar o colega". José Ventura "não deve ter conseguido segurar-se e caiu", acrescenta o mesmo condutor, escusando identificar-se. » (DN)

Entretanto o jornal Público insiste em tratar todos os grevistas por camionistas

«Os três representantes dos camionistas que se reuniram hoje com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, saíram do encontro satisfeitos com o que ouviram.» (Público)

Quando um "comunicado do SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes) refere (...) que a maioria dos camionistas que aderiu à greve está em «situação híbrida em termos de estatuto laboral»." (IOL)

E os organizadores da greve, os donos das transportadoras, vão provar ao povo que o crime compensa.

«"A reunião foi extremamente produtiva. Foi o início de uma negociação que todos pensamos que durante o dia de hoje terá um desfecho agradável para todos nós", anunciou aos jornalistas António Loios, o porta-voz da comissão organizadora do protesto dos transportadores rodoviários de mercadorias. O ministro dos Transportes, Mário Lino, recebeu ao início da tarde três elementos da comissão, durante o intervalo nas negociações que está a levar a cabo com a ANTRAM (Associação Nacional dos Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias), entretanto retomadas.» (RTP)

Agora . . . tan, tan, tan, tam . . . para levantar a moral nas hostes . . . esta é para rir.

«O ministro da Administração Interna lamentou, em Brasília, a morte de José Ventura. "O Ministério da Administração e as forças de segurança irão desenvolver todas as medidas para que a Constituição valha, para que os direitos sejam respeitados e para que as pessoas possam circular e trabalhar livremente", disse Rui Pereira citado pela Lusa. O governante deixou ainda um aviso: "Portugal é um Estado de direito democrático, onde prevalece a lei e a Constituição e, por isso, espero que todos os cidadãos tenham sentido de responsabilidade cívica". » (DN)

Mas não pensem que isto fica por aqui. É que na tal reunião, diz o Público que já chama os bois pelos nomes.

«A Associação Nacional dos Transportes Rodoviários de Mercadorias (Antram) e Governo chegaram esta tarde a acordo
(...)
António Mouzinho, presidente da Antram, explicou que foram acordadas medidas "de natureza conjuntural e estrutural", bem como "medidas de ordem fiscal" e alterações na legislação laboral.
O responsável revelou que o Executivo não cedeu na principal pretensão do sector – o acesso das empresas de camionagem ao gasóleo profissional –, mas destacou várias outras conquistas, como a redução do custo das portagens no período nocturno durante o próximo ano.
(...)
António Mouzinho admitiu que não cabe à Antram desconvocar um protesto que não convocou, mas apela aos seus associados que tenham aderido à paralisação para que se dirijam à associação a fim de obterem esclarecimentos sobre os apoios conseguidos "ao final de vários meses" de negociações. (Público)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Patrões, mais gentis que camionistas

Depois de um elemento de um piquete ser atropelado mortalmente

«O líder do bloqueio da Zibreira explicou que o único objectivo do piquete era perguntar ao motorista se desejava aderir à paralisação. (...) "Se a pessoa não queria aderir não adere"» (TSF)
A mim nunca nenhum camionista perguntou se desejava aderir . . . e só não me atropelaram porque eu nunca me pus à frente deles para pedir boleia (e pendurar-me, só nos eléctricos).

«O tenente-coronel Costa Lima do comando da GNR avançou à TSF que o incidente aconteceu quando o homem tentou pendurar-se num camião, mas acabou por cair, tendo sido atropelado pelo pesado.» (Público)

Parece-me que essa pergunta (deseja aderir?) terá que ser colocada noutros moldes . . . mais suaves ainda.

«a situação estava a ser particularmente grave na zona do Carregado, onde os camionistas que querem abandonar a paralisação estavam a ser «agredidos verbalmente» e ameaçados fisicamente se quisessem prosseguir viagem.» (TSF)

«"Distúrbios, pedradas e a danificar propriedade alheia, espero que não aconteça mais", rematou o primeiro-ministro» (Público)

«José Sócrates criticava os excessos no protesto dos camionistas, mas ressalvou que não está em causa a legitimidade da contestação.» (TSF)

Ressalvando então que esta contestação é legítima, Socrates apenas quer dar um puxão de orelhas porque não se atiram pedras às pessoas e assegura

«"Daremos a ajuda que pudermos [às transportadoras] e não aquela que puser em causa o interesse dos outros portugueses", referiu José Sócrates, sublinhando que a ajuda a sectores específicos não poderá pôr em causa o equilíbrio das contas públicas do país. "Não poremos em causa o interesse geral por qualquer interesse específico"»(Público)

É bom ouvir o Primeiro Ministro dizer que não vão pôr em causa o interesse geral por qualquer interesse específico, principalmente depois de tomar conhecimento das instruções do Ministério da Administração Interna

«O Ministério da Administração Interna transmitiu às forças policiais "instruções claras e precisas" para "assegurar que o transporte e o abastecimento de combustíveis se efectuem com todas as condições de segurança".» (Público)

«Uma coluna de camiões da Jerónimo Martins está a ser escoltada pela polícia, ultrapassando desta forma o bloqueio imposto pelas empresas de transporte de mercadorias, afirmou uma fonte policial no Carregado.» (TSF)

ADENDA:
«Um elemento de um piquete de camionistas em Granada foi hoje atropelado mortalmente (...) O camionista, 47 anos, era residente na localidade de Peligros (Granada), casado e com filhos, e trabalhava para um empresário em nome individual que dispunha apenas de um camião. (...) morreu também por atropelamento um elemento de um piquete na localidade Zibreira (Torres Novas). A vítima mortal, 52 anos, trabalhava na transportadora Euro-Ventura, tendo sido atropelado quando tentava parar outro motorista. Em Granada, testemunhas no local, os colegas da vítima mortal, afirmaram que o incidente ocorreu quando o camionista abordou uma furgoneta que estava a descarregar mercadoria num supermercado, localizado nas mediações do mercado, para informar sobre os motivos da paralisação. A vítima aproveitou que a furgoneta reduziu a velocidade para apoiar-se na janela do veículo, mas o motorista optou por não parar e continuou a andar.» (SIC)

Por aqui podem ver-se os "pedidos" de adesão à greve
Aveiras - GNR escoltou 40 camiões até centro de abastecimento de combustível (SIC)
Suspeitas de fogo posto - Camião ardeu junto à estrada,em Castanheira do Ribatejo. (SIC)
«O camionista apedrejado, Raul Fernandes, estava revoltado, até porque o transporte de animais vivos está autorizado pelos organizadores do protesto. O camião acabou por seguir viagem com os quatro piscas ligados.» (RTP)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Tá a gozar comigo???

Parecer técnico, após inspecção, sobre o fogão que está a dar choques eléctricos: Colocar um tapete de borracha no chão e não cozinhar com as mãos molhadas.

Zarzueira, zarzueeeeiiiiiraaaaaa

Os brasilairos (como o meu amigo Fi pronunciava quando gozava comigo) que me visitam, são maningue.
É para mim um prazer ver tantas bandeirinhas do Brasil no meu feedjit. Não que eu desdenhe dos lisboetas e do pessoal por aí fora, costa acima, até vila-nova-de-junto-a-Galiza. De todo. São os meus mais fieis leitores: são família.

Mas descobrir que existe uma quantidade considerável (pelo menos para mim) de irmãos do lado de lá do Atlântico, que de vez em quando me visita, é uma honra. Porque a música e o humor brasileiros são parte significativa das minhas referências.

Na música, tirando a velha guarda da música portuguesa de intervenção e algumas pérolas que têm aparecido pontualmente, conheço e gosto muito mais da brasileira.

No humor, é claro que tenho muito boas referências portuguesas como o Raul Solnado, o Mário Viegas, o Herman e recentemente o Ricardo Araújo Pereira (e mais alguém de quem me esteja a esquecer) e que me farto de brincar com as diversas pronúncias portuguesas, mas o brasileiro é mais desbragado, mais à vontade. A língua portuguesa, no Brasil, está viva . . . e recomenda-se.
Muitas influências humorísticas brasileiras, vem do, já esperado Jô Soares e Agildo Ribeiro e vem-me também (lá vem a casa abaixo) das telenovelas. Aquelas em que o grande personagem brasileiro, o povão, é representado por grandes nomes do teatro, ou mesmo da televisão, que aí fazem uma perninha de vez em quando.


Já agora, uma pequena amostra do que tenho conseguido recolher (se tiverem mais mandem-me por favor), tenho um certo prazer em rever estas caras que me põem sempre um sorriso nos labios.



Sinto-me no dever de informar que a maioria de vós vem cá ter através de pesquisas sobre o lixo, camelos e Bob Marley.
Ah! e tem também a grande rainha . . . se tem Elis no texto, já clicou.
Bem hajam!

Pensando bem, se calhar são é todos portugueses. Somos uma grande comunidade e estamos em todo o lado.
Bem hajam na mesma!
Pensando melhor, se calhar as bandeirinhas brasileiras são portugueses e as bandeirinhas portuguesas são brasileiros.
Bem hajam ainda

NOTA: Tenho este post escrito há já algum tempo. Na altura acanhei-me. Hoje, depois de ler "O Declínio Irreversível da Música Popular Brasileira", decidi-me.

sábado, 7 de junho de 2008

Os moradores que skodam

depois de ter lido este post Praça das Flores, no Arrastão, recebi isto:

«Pediram-me que divulgasse esta mensagem:

olá,

A Câmara Municipal de Lisboa e os seus vereadores marco perestrello e josé sá fernandes acharam por bem alugar a Praça das Flores, durante 17 dias, a uma marca de automóveis, a Skoda. Durante estes 17 dias, a Skoda realizará várias festas nocturnas de lançamento internacional de um seu novo modelo automóvel, ocupando ininterruptamente a praça.

As pessoas - transeuntes, população do bairro, turistas - não poderão ter acesso à praça entre as 17h e a 01h, período durante o qual decorre a festa privada da Skoda. Uma parte de estrada está vedada e o jardim está todo ele vedado, com gradeamento disfarçado de arbustos. Existem uns seguranças privados à 'porta' (?!?) do jardim e muita polícia.

Existiram já confrontos entre a polícias e os habitantes, com dois destes a serem levados para a esquadra. As festas sucessivas fazem barulho sucessivo, noite após noite. O comércio local (excepto os restaurantes e cafés mais finos que estão instalados na praça e que estão abertos apenas para os convidados-skoda) está a ser prejudicado, segundo os próprios. MAS, mais importante, há um sentimento de revolta pela privatização do espaço público que está em curso (ou, como dizia um vizinho, 'quem tem o pilim é quem manda aqui nos joaquim'). Os moradores e os comerciantes, entre a revolta e o conformismo, estão a pensar organizar algumas coisas de que darei conta assim que tiver mais informação.

Entretanto, peço-vos que divulguem esta situação.

um abraço

xxx

ps - o meu interesse nisto é triplo: como eleitor e apoiante do sá fernandes, tenho algum peso acumulado na consciência face a tudo isto; sou morador, embora o barulho não chegue à minha rua; e, por fim, tenho um preconceito ideológico que me leva a achar que os espaços públicos devem ser comunizados em vez de serem privatizados.
»

Eu divulgo e digo mais . . . sempre achei indecente a privatização do espaço público e nem sei o que faria se isto viesse a acontecer no Jardim da Estrela . . . segurem-me!

Para além disso, depois de ler este post na Gente de Lisboa, página oficial da candidatura de Sá Fernandes, sinto-me também ludibriada (pelo que omite).

«O jardim da Praça das Flores, na freguesia das Mercês vai ser totalmente requalificado, estando os trabalhos de recuperação do espaço já em curso desde a passada semana. (...) Os trabalhos de requalificação deste espaço estarão concluídos na primeira semana do mês de Junho.A recuperação total desta praça lisboeta tão característica e a sua devolução a todos os munícipes e visitantes, com as devidas condições, em termos de lazer e vivência social, faz parte do conjunto de intervenções urgentes contempladas pelo Vereador do Pelouro do Ambiente e Espaços Verdes, José Sá Fernandes, a ter lugar na freguesia das Mercês, que integram o plano de mais de 200 acções a ter lugar nas 53 juntas de freguesia da cidade até 2009, apresentado na CML no passado dia 19 de Maio.»

E pergunto . . . será que as outras 200 acções previstas, vão também ter estes contornos?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Que se vayam todos

. . . e que fiquem por lá.

Já agora, Argentina - La Toma, um filme canadiano (uma hora, vinte e seis minutos e quarenta e sete segundos), que encontrei no PROSAS VADIAS.

«O filme descreve o processo de recuperação de empresas, na Argentina, por parte dos trabalhadores. Um filme dos canadenses Avis Lewis e Naomi Klein.

Com boa vontade “subversiva” e “de emocinar” através de uma “história humana”, nos antípodas do reality show, Klein e Lewis afirmam que “La toma” deu “uma volta de 180 graus ao debate sobre a globalização”. Como? “Apresentando alternativas” a uma problemática, a da fuga de capitais e a deslocalização de empresas, capaz de "arrasar um país fronteiriço entre o primeiro e o terceiro mundo como a Argentina, mas que ameaça igualmente Barcelona, Toronto e Caracas”.

Lewis reconhece que fábricas foram ocupadas noutros locais e momentos da história, mas destaca o caso argentino “um novo ênfase na democracia com base em assembleias” e o exemplo de uma luta construtiva que substitui “a tradição da greve” pela “Insistência no direito e a necessidade de trabalhar com dignidade”.

Klein salienta: "Se nos anos 70 a ocupação de fábricas foi resultado de uma ideologia global, hoje inverteu-se o processo e a política nasce e cresce em acções como a de ocupar não só uma fábrica, mas também uma casa, ou um centro social, ou – apropriados na Internet - um programa de software livre ou uma canção”.»
(Tradução possível)

O porteiro fica. Estava na manifestação.

Não me espanta nada que as comemorações sejam feitas no exterior . . .

«10 de Junho: Dezanove ministros e secretários de Estado nos quatro cantos do mundo»

O governo não se quer arriscar a esta audiência nas comemorações, apesar de afirmar que os números não os impressionam.

Para quem quiser protestar lá fora, têm vários destinos à escolha, aqui vai a lista.

«Onde vão estar os governantes»
(Fonte: Público)

E quem é que regula os blogs?

«A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) condenou alguns órgãos de informação pelo incumprimento de regras legais e deontológicas na cobertura jornalística do vídeo divulgado na Internet sobre um episódio de indisciplina na Escola Secundária Carolina Michaelis, Porto.» (RTP)

Eu cá não me chateio muito com isso mas que convinha tirarem a cabeça da areia e darem alguma atenção aos blogs . . .

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Vale e Azevedo com Termo de Identidade e Residência em Londres

«A GNR deslocou-se a casa de Vale e Azevedo em Colares, Sintra, para o deter, no âmbito do caso "Dantas da Cunha"» (msn Desporto)

Tá tudo parvo! Então se o homem há dois anos que foi viver para Londres, com a esposa e é lá que exerce a sua actividade profissional, fazia algum sentido cumprir o Termo de Identidade e Residência em Colares. Corrijam-me se estiver enganada.
Parece que não aprenderam nada com a Felgueiras.

Agora só falta decidirem-se quanto à «Recompensa para quem localizar Vale e Azevedo» . . . há muito boa gente que é capaz de dar uma ajudinha. (diário IOL)

(07-06-08) «O ex-presidente do Benfica João Vale e Azevedo está em Londres com o conhecimento das autoridades portuguesas, aguardando actualmente resposta das mesmas a uma carta, disse hoje à Lusa o seu advogado britânico.Edward Perrot (...) O advogado adiantou ainda que foi enviada uma carta há vários dias às autoridades portuguesas levantando questões sobre a actual situação judicial do seu cliente. "As autoridades, se quiserem localizá-lo, podem fazê-lo através de mim ou responder às cartas que lhes enviei"» (Público)

Que desaforo!!!
Ele tão preocupado com a sua actual situação judicial . . . até enviou uma carta a pedir esclarecimentos (por quem sois?! condenado, em Outubro de 2006, a sete anos e meio de prisão pela prática dos crimes de falsificação e burla qualificada) e inclusivamente se disponibiliza a ser contactado a qualquer momento . . . através do seu advogado . . .
Fazerem este sururu todo . . . um mandato de detenção internacional . . . armados em mete nojo.

Transpiração


Obama e os frangos

Eu sei que muitos de vocês vêm aqui na esperança de saber algo mais sobre as minhas memórias escabrosas. Ou não . . . Se calhar caíram aqui por engano. O google tem dessas coisas . . . uma pesquisa por lixo, ou camelos em África e vêm aqui parar. Mas a família vem aqui saber de nós . . .

E eu com os frangos do Sr. António.
Que querem? Acho divertida a maneira como eles atravessam a machamba desabrigada, com pequenas corridas. Escondem-se atrás dos pequenos pés de milho que resistiram à fúria devastadora, que apenas lhes tapam as pernas curtas, olham em volta e lançam-se novamente num desvario até ao pé de milho mais próximo.

Penso que é um assunto bem mais saudável que, por exemplo, o primeiro discurso de Obama sobre política externa, em que declara «um apoio incondicional a Israel» . . . ou também que «Sem se referir a eventuais negociações com Teerão, Obama disse que as ambições nucleares iranianas representam “uma séria ameaça” à estabilidade do Médio Oriente. “O meu objectivo é eliminar esta ameaça” e “tudo farei o que estiver a meu alcance para evitar que o Irão obtenha armas nucleares», garantiu, antes de uma forte ovação em pé dos presentes na conferência.» (Público) . . . ou ainda (é um nunca acabar de surpresas), descobrir que no tal discurso maravilhoso em New Hampshire, que originou uma música e que eu postei aqui, Obama também disse “We will end this war in Iraq. We will bring our troops home. We will finish the job - we will finish the job against Al Qaida in Afghanistan...” . . . (NYTimes.com)

terça-feira, 3 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Desolação

Depois deste post e deste, a vida na machamba foi voltando à normalidade.
Num terreno de cerca de 2000 m2, composto por mais de uma dezena de machambas, machambeiras e sem-abrigo partilham o mesmo espaço com os corvos e as galinhas do Sr. António, em quase perfeita comunhão . . . não fôra o lixo.

Uma machambeira em particular despertou-me o interesse. Chegava de manhã cedo com um bebé de poucos meses, deitava-o no chão à sombra da única mandioqueira já árvore feita e ia machambar. De início fiquei apreensiva com a possibilidade de algum bicho africano fazer mal ao pobre rebento mas com o passar do tempo, habituei-me e fui acompanhando o desenvolvimento do bebé. Ouvi o primeiro palreio e observei-lhe as primeiras tentativas para levantar a cabeça, deitado de barriga para baixo . . .
Chegado o meio da manhã, chorava de fome ou de aborrecimento e a mãe, entrouxava-o nas costas, machambava mais um pouco e ia-se embora.

Também os sem-abrigo mantiveram as suas rotinas . . . e a compostura . . .

Hoje de manhã um barulho diferente levou-nos à varanda das traseiras, para descobrirmos um tractor a arrasar, sem apelo nem agravo, todo o verde, viçoso e por colher.
Nada se salvou (o Sr. António ainda conseguiu manter parte da sua machamba . . . por hoje) e por pouco não obrigavam o tractorista a varrer os sem-abrigo também (ele parou o tractor e aparentemente recusou-se a dirigir o tractor nessa direcção . . . se os querem expulsar, vão lá falar com eles). Penso que esse foi o único objectivo desta destruição gratuita. À falta de coragem para mandar embora os suspeitos dos assaltos que alegadamente tem acontecido nas nossas barbas, sem que disso tenhamos dado conta, arrasa-se com tudo.

Em poucas horas, os responsáveis pelo terreno, conseguiram destruir o que mais de uma dezena de famílias levou anos a criar para seu sustento.
As traseiras são hoje a imagem da desolação. O lixo, triturado e espalhado pelo campo nu, é agora a única coisa que cresce por ali.

Confissão de Yoani

Tradução (dentro das minhas possibilidades) de um post de Yoani, autora do blog "Geração Y", que referi neste post.

«Denúncia - alegação - confissão

Avisam-me que em cima da mesa de um qualquer gabinete descansa o “meu caso”. Um dossier completo de provas de infracções cometidas, um volumoso processo de ilegalidades que se acumulou nestes anos. Os vizinhos sugerem-me que me disfarce com óculos escuros e desligue o telefone quando quiser falar de algo privado. Pouco, muito pouco - esclarecem-me - pode já ser feito, para que não me toquem à porta uma manhã bem cedo.

Até lá, quero assinalar que não guardo armas debaixo da cama. No entanto, cometi um delito sistemático execrável: Acreditei-me livre. Tão-pouco tenho um plano concreto para mudar as coisas, mas em mim, a queixa substituiu o triunfalismo e isso é – definitivamente - punível. Jamais pude dar uma bofetada a alguém, não obstante neguei-me a aceitar o sistemático esbofeteamento ao meu “eu cívico”. Este último é condenável no mais elevado grau. Para além disso, e apesar de não ter furtado nada alheio, quis “roubar” – em repetidas ocasiões - o que acreditava pertencer-me: uma ilha, seus sonhos, seus legados.

Mas não se fiem; não sou de todo inocente. Tenho em minha posse um montão de coisas: compradas sistematicamente no mercado negro, comentei em voz baixa – e em termos críticos – sobre quem nos governa, pus alcunhas aos políticos e comunguei do pessimismo. Para cumulo, cometi a abominável infracção de acreditar num futuro sem “eles” e numa versão da história diferente da que me ensinaram. Repeti os slogans sem convicção, lavei os trapos sujos à vista de todos e - magna transgressão – uni frases e juntei palavras sem permissão.

Eu declaro – e assumo o castigo que me calhe - que não fui capaz de sobreviver e cumprir todas as leis, ao mesmo tempo.»

Se alguém quiser fazer correcções à tradução, esteja à vontade, eu agradeço.

sábado, 31 de maio de 2008

Peixeirada, a especialidade da Lota de Matosinhos

Hoje só houve feridos . . . do mal o menos (sem contar, é claro, com a quantidade de peixe estragado).

«pouco depois de ter sido anunciado um acordo entre pescadores e comerciantes com vista à doação do peixe que aí se encontrava armazenado. (...) a oposição de algumas vendedoras ao acordo levou os pescadores a entrar na lota e atirar para o chão várias caixas de pescado armazenado na lota, que os comerciantes garantiam ter adquirido ainda antes da greve dos armadores, iniciada ontem.»



Aparentemente a coisa começou a cheirar mal de madrugada

«Os pescadores em greve contra o aumento do preço dos combustíveis bloquearam o acesso à DocaPesca de Matosinhos a partir das 23h00 de ontem, impedindo os comerciantes de levantar peixe que já tinham adquirido.»

«Comerciantes e pescadores decidiram entregar a instituições de solidariedade social o peixe que se encontra armazenado na lota de Matosinhos (...) chegaram esta tarde a acordo quanto ao destino a dar ao peixe, após a tensão que marcou a última madrugada.»

Entretanto, para além do utilizado para munições, ainda há muito peixe no paiol. . .

«Entre 15 e 20 toneladas de peixe podem apodrecer nos próximos dias nos armazéns e molhe de Matosinhos ...»

(Público)

O melhor remédio IV

De um blog bem divertido, Bandeira ao vento . . .

"Li algures: a angústia de ter que actualizar os blogues está a fazer disparar o número de ataques cardíacos nos EUA.
Já imaginou? Eu com uns pós de ansiedade porque estou há dois ou três dias sem postar, e pum – um sujeito que não conheço de lado nenhum cai duro na 5ª Avenida."

"Estive quase dois dias sem sentidos, recuperando do livrinho de Sartre. A alternativa era o suicídio, mas, como argumentou Cioran quando lhe perguntaram por que razão insistia em viver se isso o fazia tão miserável, «não existem garantias de que depois de morto as coisas melhorem». Se não melhorassem, já pensou? Continuaria a sentir-se miserável, mas com muito pior aspecto. Além disso, e ao contrário do que a maioria parece acreditar, a pessoa feliz não é aquela que permanece num estado de patética euforia, mas a que sabe apreciar uma boa tristeza."

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nem tudo o que luz é ouro

Nestes últimos dias tenho-me sentido deprimida . . . depois decidi que era uma perda de tempo.

Agora a sério. Basta olhar à volta e são cada vez mais as razões para nos sentirmos sombrios como o mundo . . . e eu nem as vou enumerar pois já devem saber do que falo. Se não sabem, andam muito distraídos.
Depois, assim como quem tropeça, deparo-me com pequenas pérolas, pequenos raios de luz que me abrem uma fresta, uma nesga é o suficiente (que o resto do caminho já eu o sei de cor), na forma de pequenos gestos, como este.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Gabriel Alves

Soube, através do Arrastão, que circula na net uma petição (que eu já assinei) para que o Gabriel Alves seja o comentador oficial do euro 2008.

Já que a programação de todas as televisões andará mais ou menos à volta desse assunto, que seja algo para ficar na História.

Veja o que já existe em Gabriel Alves. A página que não podia esperar mais. Só esta, já vale a visita:

“E agora o árbitro da partida a ser atingido por um objecto provavelmente atirado por um telespectador”

teeleeeepaatiiiiiiiiiiaaaaaaaa . . .

Deixar de fumar

Como resolução de aniversário e resultado de uma promessa que fiz (largar os cigarros aqui em Maputo), comecei a deixar de fumar.

Digo comecei, porque se trata de um processo, por etapas, que iniciei há já algum tempo.
Primeiro foi a promessa, fase muito importante do processo. Aquela em que um dia nos comprometemos com alguém muito querido, que nos vai moer o juízo nos próximos meses para cumprirmos o prometido.
Depois vem a mentalização. Uma lista interminável com as desvantagens de fumar, contra a única vantagem (“sabe bem”), que vamos lentamente interiorizando:
Faz mal à saúde em geral e à pele em particular, ando sempre com um ar acinzentado;
Tira-me a capacidade de resistência e já não consigo subir doze andares de escadas para evitar o elevador;
Empesta-me com um cheiro desagradável, do qual a minha filha foge e que me deixa sempre pouco à vontade num espaço exíguo como o de um elevador;
Está a estragar-me a voz (se é que ainda tem reparação) e já não posso cantar num qualquer momento que me apeteça, com medo de me sair a cana rachada;
O dinheiro gasto em cigarros dar-me-ia para comprar qualquer coisa ao fim de um ano, nada muito extravagante mas é dinheiro na mesma.
Com certeza que existem outras motivações bem mais relevantes mas se foram estas que me vieram à cabeça, são estas que tem estado a fazer efeito.
Agora chegou o momento de passar à acção. Nada de muito radical (não quero todos à minha volta a dar em doidos no decorrer da minha demanda), consiste apenas num fumar consciente, isto é, só vou fumar quando o meu cérebro o pedir e não apenas porque alguém puxou de um cigarro, porque me apetece ou porque sim. Vou com isto reduzindo o número de cigarros e a minha dependência ao acto de fumar, sem me tornar numa terrível radical anti-fumo, que desata a despachar decretos-lei em casa própria, infernizando a vida de familiares e amigos.

Para quem me conhece (e já agora para quem nunca me conheceu) . . . nunca mais serei a mesma.

O Escorpião

Relativamente ao elogio que fiz ao restaurante O Escorpião, retiro já o que disse. Fiz lá o jantar de aniversário e a única coisa que correu bem foi o convívio. De facto foram rápidos de novo . . . também a apresentar-nos uma conta puxada, sobre coisas que não tínhamos encomendado, inclusivamente um bolo meio passado do prazo, que felizmente já não deu para comer (metade das pessoas tinham ido embora e a outra metade desejava já ter ido, enquanto esperava pela conta que ia e vinha). A filhota comeu uma fatia inteira quando chegou a casa mas como qualquer adolescente (ou quase) que se preze, ela pode comer qualquer porcaria que sabe sempre bem e não lhe faz mal.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sidney Pollack

Director de alguns dos meus filmes preferidos (num deles actor também) e produtor de outro tanto para cinema e televisão, Sidney Pollack morreu ontem com 73 anos.

Uma pequena amostra do que deixou em mim . . .

O mais bonito (a seguir ao "Cor purpura")
Out of Africa (1985)

O mais engraçado
Tootsie (1982)

O mais impressionante
They Shoot Horses, Don't They? (1969)

Sidney Pollack lutava há dez meses contra o cancro.

domingo, 25 de maio de 2008

Bernstein

Um comentário deixado no post anterior, trouxe-me à memória um maestro que me era (e ainda é) muito querido. Com ele, através dos concertos para jovens transmitidos pela RTP, aprendi muito sobre música.

Partilho aqui (graças ao YouTube, por mim já tão elogiado e que por pouco não nos leva à falência por conta dos milhares de downloads), bons momentos, que valem bem a despesa.

Leonard Bernstein - Concertos para jovens

What is a Melody?, What is a Melody? (2)

Qué significa la música I, Qué significa la musica II, Qué significa la musica III, Qué significa la musica IV, Qué significa la musica V, Qué significa la música VI

Qué es un concierto I, Qué es un concierto II, Qué es un concierto III, Qué es un concierto IV, Qué es un concierto V, Qué es un concierto VI

Qué es la orquestación I, Qué es la orquestación II, Qué es la orquestación III, Qué es la orquestación IV, Qué es la orquestación V, Qué es la orquestación VI

Música americana 1, Música americana 2, Música americana 3, Música americana 4, Música americana 5, Música americana 6

El impresionismo I, El impresionismo II

Quase no final do segundo semestre, numa altura de grande pressão por causa dos e-fólios e muitos uploads cerebrais, aqui vão uns quantos dowloads para descomprimir.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Chorar à mesa

Hoje quase me desfiz em lágrimas em frente a uma feijoada à transmontana.

Não foi porque a saudade me ferroasse ou porque a feijoada estava boa. Estava boa de facto, como eu não como há já alguns anos (agora toda a gente usa feijão de lata). Quero acrescentar que tudo no restaurante (O Escorpião) estava óptimo: o atendimento, o tempo de espera, a comida, o ambiente . . . a conta . . .

O objecto da minha emoção estava no meio daquela salganhada que é uma feijoada à transmontana. Um pedaço de moleja, iguaria que eu não tinha o prazer de saborear desde a infância e que alguém deixou passar (os talhantes agora guardam a moleja para si). Veio-me à memória o arroz de moleja da minh’avó . . .

Eu não dou grande importância à comida (ou não dava, antes de conhecer o meu mais-do-que-tudo). Uma boa refeição ou é divinal e saboreia-se, ou serve de conduto para um bom convívio. Mas na grande maioria das vezes, as refeições e a sua obrigatoriedade só me atrapalham o ritmo.

Aqui, não sei o que me dá . . .
Já uma vez, quando cá estive há uns anos e deparei com uma vistosa e saborosa couve portuguesa no prato, quase me vieram as lágrimas aos olhos. Fiz um tal festival, que os clientes do restaurante se convenceram de que eu não comia há semanas.

Já chorei à mesa, em tempos idos, pelas razões mais comuns: porque não queria comer a sopa; porque a carne tinha “nervos”; porque a açorda era "nhanhenta" . . . e na altura o que nos punham à frente era para comer mesmo, sem apelo.
Agora a comoção tem mais a ver com a nostalgia . . . saborear uma maçã que não sabe a pepino . . . ou um tomate com consciência de classe . . .

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Apelo ao boicote

A APEL não conseguiu fazer valer o bom senso e cedeu à chantagem.

Saramago, tarde demais, fez saber a sua opinião.

Eu, que não poderei estar na Feira do Livro, nem ir lançar o meu olhar duro e desaprovador, quando passasse em frente aos "diferenciados" do Grupo Leya, faço um apelo. Peço-vos que boicotem os seus stands. Não alimentem a prepotência e o cunhadismo, não ponham lá os pés. Ou pelo menos, se não resistirem a entrar (Oh! como vos conheço . . .), não comprem nada . . . e vejam com as mãos, como os espanhois.

domingo, 18 de maio de 2008

Oicê já viu o Youtubiu

Já tinha visto este vídeo, há uns meses, num daqueles maillings em que nem conseguimos descortinar o nosso nome, no meio de uma listagem que nunca mais acaba (por sorte, dessa vez, abri). Agora encontrei-o por acaso na minha voltinha diária. No ehumor.

Youtubiu

sábado, 17 de maio de 2008

Impõe-se um esclarecimento aos munícipes.

Pouco me importa se as barraquinhas são cinzentas, verde-cueca ou rosa-choque. Se em Assembleia geral se chegou a um consenso relativamente aos modelos dos stands isso tem que ser respeitado.

Eu até nem vou à Feira do Livro este ano mas incomoda-me, muito, que uma Câmara que não tem dinheiro, se dê ao luxo de parar os trabalhos de montagem, inclusivamente adiar a inauguração, porque alguém quis ser figura de excepção e não fez a inscrição pelas vias regulamentares. Algo está podre no processo.
Está a interferir na organização da Feira, entregue, bem ou mal, à APEL (Associação portuguesa de editores e livreiros), em nome de um qualquer interesse público.
Urge saber o que é que a Câmara Municipal de Lisboa considera de “interesse público”, porque é o meu dinheiro que escoa para o bolso de interesses que estão longe de ser os meus (públicos).

Numa notícia do Público de 16-05-08 lia-se «Num memorando entregue esta manhã na autarquia, a APEL reafirmou estar aberta à inclusão daquele grupo editorial na Feira, "desde que se inscreva nas mesmas condições de todos os participantes".
A APEL, lê-se no comunicado, "nunca aceitou qualquer compromisso para o acolhimento de novos modelos de stands" e nunca esteve em causa um "regime de excepção" para o Grupo Leya participar no certame.»

Em que é que ficamos? E quem é que presta esclarecimentos aos munícipes já embrulhados com toda esta caldeirada?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

E para acabar de vez com a cultura

Giacomo Puccini - Messa di Gloria 1
Giacomo Puccini - Messa di Gloria 2

Pelo Coro e Orquestra Gulbenkian

Olha! Mais cortes!

Agora, de 75 por cento no financiamento dos arraiais das Festas de Lisboa.

«"Se a Câmara tem problemas é porque alguém os criou e não foram as colectividades"» (Sol)
Eu não diria tanto. Se «no ano passado cada uma delas recebeu 5.150 euros» (não imagino quanto terá sido nos anos anteriores, em tempo das vacas gordas), também ajudaram um bocadinho.

«"Caso se mantenha esta verba não podemos fazer arraiais. Não temos capacidade para isso. Pagamos as licenças e o policiamento e depois? Pomos os polícias a cantar?"» (Sol)
Nãããããoooo santinho!
Fazem assim, cobram dois euros por sardinha como costumam fazer e ainda vos sobra dinheiro.

Dou-vos o dinheiro mas só se deixarem o paesinho brincar

E ele é que escolhe as regras do jogo . . .
. . . Ah! e já me esquecia, a Feira do Livro só é considerada "de interesse público", se lá estiver o grupo editorial Leya.

A abrilhantar o debate sobre a questão das barraquinhas da Feira do Livro, surge um representante desse grupo tão acarinhado, a fazer fosquinhas «“Vamos estar no Parque Eduardo VII com os nossos pavilhões e os nossos autores", disse Gomes Teixeira (...). O mesmo responsável vincou que “são públicas as autorizações da Câmara de Lisboa”.»

Mas nem tudo é soberba no mundo dos grandes. Há quem tenha decoro, como é «o caso de Guilherme Valente, da Gradiva, que anunciou há poucos minutos a sua saída desta associação (UEP). “A situação e o comportamento do Grupo Leya na UEP (União dos Editores Portugueses), perverte, em meu entender, o seu carácter e inviabiliza a sua acção de Associação de Editores".» (Público)

Aqui o comunicado de imprensa da APEL, intitulado " A Feira do Livro de Lisboa e as pressões do Grupo Leya". A posição da APEL face à Feira do Livro

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Vê-se logo que desconhecem o que andam a fazer

"é indiscutível que a norma não admite excepções e não há nenhuma forma de a contrariar" (Jorge Miranda via Público)

O desconhecimento da lei não descupabiliza. Multa!
Pelo (...) desconhecimento das disposições legais e regulamentares (...) demonstra falta de zelo pelo serviço. É despedimento! certo?

Todos p'rá Feira do Relógio! JÁ!!!

A pouco mais de 15 dias do lançamento da antologia de fotografia (47 autores), "FRAGMENTOS DE EMOÇÃO Antologia de Fotógrafos Contemporâneos" e perante a notícia do Público «Câmara de Lisboa suspende montagem da Feira do Livro e pondera cancelamento de subsídio» , António Silva (que presumo autor do blog FRAGMENTOS DE EMOÇÃO) pergunta num comentário à mesma «. . . e agora? Meus senhores . . .».

Eu pergunto o mesmo e pergunto mais . . .

Será que é mesmo o facto de a APEL não ter entregue o “layout” da distribuição dos pavilhões no Parque Eduardo VII, que está em causa?
Se sim, porque é que só agora decidiram suspender a montagem da Feira? Em principio o "layout" já deveria ter sido entregue há muito mais tempo, ou estou enganada?

Vendo as coisas na outra perspectiva, a tal que parece ser secundária . . . se é a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), a entidade responsável pela organização do evento, porque é que a querem obrigar a autorizar a montagem de pavilhões diferenciados? (Público) Sejam do grupo Leya, do Pais do Amaral ou do Zequinha das pevides.

Em todos estes anos de Feira do Livro, já ouvi queixas em relação ao Sol, à chuva, ao vento, à falta de bicas de água, casas de banho, falta de tempo, falta de dinheiro, falta . . . de energia . . . mas nunca, nunca ouvi uma queixa que fosse em relação às barraquinhas.
Por mim, se é que a minha opinião de alfacinha conta, o grupo Leya pode pôr os seus pavilhões diferenciados . . . na Feira do Relógio, que é para o lado que eu durmo melhor.
Inovação . . . se a Câmara quer inovação . . . comecem por resolver todas as falhas que eu acabei de enumerar. Isso é que era uma grande inovação!

Esta agora . . . ainda por cima uma Praça . . . para isso já existe o segundo andar da Praça da Ribeira. Não lhes serve?
E a praça dos Restauradores? Já estou como o outro:

"- Quem? O infinito?
Diz-lhe que entre. Faz bem ao infinito estar entre gente." (Alexandre O’Neill)

Esta não sei se passa com humor

Pelo número e tipo de anedotas que se encontram na net, acho que os níveis de popularidade do Presidente Lula estão pelas horas da morte [a primeira foi colocada (no eHumor) em Março e a última em Maio] e esta notícia do Público, dá-nos uma ideia do porquê?

Tendo em conta que falamos da demissão da ministra Marina Silva, que «Trabalhou de perto com o activista Chico Mendes no apoio às comunidades locais contra os grandes agricultores e madeireiros até este ter sido assassinado em 1988» e também, do desmatamento da Amazónia, não sei se o povo se limitará a ver o Presidente como uma boa anedota.


O Joãozinho, como bom brasileiro, estuda em escola pública, com cartilha e tudo…
Um dia destes chega contente na escola. A Diretora, vendo a alegria do menino, logo pergunta:
- Joãozinho porque tanta alegria?
Joãozinho responde:
- É que minha cachorrinha ganhou 8 cachorrinhos e todos são do PT.
A Diretora ficou esfuziante, e disse:
- Que legal, Joãozinho. Na próxima semana seremos visitados pelo presidente LULA e ele ficará contente em saber isso. Quando ele estiver aqui, você vem e conta para nós. Certo Joãozinho?
Na outra semana o presidente visita a escola e conforme o combinado o Joãozinho fala:
- Presidente, Diretora, sabia que minha cachorrinha ganhou 8 cachorrinhos e 4 são do PT?
A Diretora, espantada, pergunta:
- Mas Joãozinho, você havia me dito que os 8 eram do PT.
Responde o menino:
- Eram sim Diretora, mas é que 4 já abriram os olhinhos…


Lula morreu. Houve uma reunião em Brasília para decidir onde ele seria enterrado. Um ministro sugeriu:
- Deve ser enterrado em Garanhuns. Afinal, é sua cidade natal.
Então um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entonação típica dos bebuns:
- Em Garanhuns pode… Só não pode em Jerusalém!
Como estava de fogo, ninguém deu bola para o que ele disse.
Um segundo ministro disse:
- Acho que deve ser em São Bernardo, onde ele viveu e fez sua carreira sindical e política.
O bêbado mais uma vez interveio:
- Em São Bernardo pode… Só não pode em Jerusalém!
Novamente, ninguém deu ouvido a ele.
Um terceiro ministro finalmente sugeriu:
- Nem em Garanhuns nem em São Bernardo. Deve ser enterrado em Brasília pois era Presidente da Republica e todos os Presidentes devem ser enterrados na Capital Federal.
E o bêbado novamente:
- Em Brasília pode… Só não pode em Jerusalém!
Aí, perderam a paciência com o cara:
- Ô meu, por que este medo que o Lula seja enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu na bucha:
- Porque uma vez enterraram um cara lá e ele RESSUSCITOU!…


Um motorista pára no trânsito e alguém bate no vidro do carro. Receoso, baixa um pouco o vidro e pergunta ao homem o que é que ele quer.
O homem diz:
- “O presidente Lula, Severino Cavalcanti, Roberto Jefferson, Zé Dirceu, Delúbio e Genoino, além do Marcos Valério, foram seqüestrados. O pedido de resgate é de 50 milhões de dólares e se não for pago, o sequestrador ameaça jogar gasolina e atear fogo neles.
Nós estamos arrecadando contribuições. Você gostaria de participar?”
O homem no carro pergunta:
- “Na média, quanto é que o pessoal está doando?”
O outro responde:
- “Em torno de 5 a 10 litros”.

Bobby McFerrin põe o público a cantar Bach

Soube que o mais pequeno é gramadão no Bobby McFerrin. Então aqui vai.

Bobby McFerrin canta Bach (é mais o público que canta, ele fica só no tui ri ni ni)

Especialmente para ti (via Jonasnuts)

Anónimos de todo o mundo, uni-vos!

Cavaco manda lei orgânica da PJ para o Tribunal Constitucional
«“Este pedido tem como fundamento uma eventual violação de reserva de lei ou de reserva de decreto regulamentar, uma vez que aquelas normas remetem para simples portaria a futura aprovação de uma disciplina inovatória relativa à definição de competências específicas das unidades de uma força de segurança, das quais decorre a prática de actos de polícia passíveis de afectar direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”, refere a Presidência da República num comunicado publicado hoje no seu site na Internet.» (Público)

13.05.2008 - 18h47 - Anónimo, Portugal
O que define um estado de direito é a garantia dos direitos e liberdade dos cidadãos. Tal exige uma separação de poderes. Poder Legislativo; Poder Executivo e Poder Judicial. A tentativa de colocar o poder judicional sobre a alçada do poder executivo, deve levar todos os portugueses a temerem o pior. Mesmo os socialistas que agora se sentirão mais confortáveis pelo facto do seu partido se encontrar no poder, podem mais tarde vir a arrepender-se amargamente de nada terem feito. Nada garante que já a partir do ano que vem outra força política ganhe as eleições. A defesa da liberdade exige atenção permanente. E neste país ainda há muita gente ressabiada com saudades do antigamente....

Faço minhas, as palavras deste leitor esclarecido.