Os brasilairos (como o meu amigo Fi pronunciava quando gozava comigo) que me visitam, são maningue.
É para mim um prazer ver tantas bandeirinhas do Brasil no meu feedjit. Não que eu desdenhe dos lisboetas e do pessoal por aí fora, costa acima, até vila-nova-de-junto-a-Galiza. De todo. São os meus mais fieis leitores: são família.
Mas descobrir que existe uma quantidade considerável (pelo menos para mim) de irmãos do lado de lá do Atlântico, que de vez em quando me visita, é uma honra. Porque a música e o humor brasileiros são parte significativa das minhas referências.
Na música, tirando a velha guarda da música portuguesa de intervenção e algumas pérolas que têm aparecido pontualmente, conheço e gosto muito mais da brasileira.
No humor, é claro que tenho muito boas referências portuguesas como o Raul Solnado, o Mário Viegas, o Herman e recentemente o Ricardo Araújo Pereira (e mais alguém de quem me esteja a esquecer) e que me farto de brincar com as diversas pronúncias portuguesas, mas o brasileiro é mais desbragado, mais à vontade. A língua portuguesa, no Brasil, está viva . . . e recomenda-se.
Muitas influências humorísticas brasileiras, vem do, já esperado Jô Soares e Agildo Ribeiro e vem-me também (lá vem a casa abaixo) das telenovelas. Aquelas em que o grande personagem brasileiro, o povão, é representado por grandes nomes do teatro, ou mesmo da televisão, que aí fazem uma perninha de vez em quando.
Bem hajam!
Pensando bem, se calhar são é todos portugueses. Somos uma grande comunidade e estamos em todo o lado.
Bem hajam na mesma!
NOTA: Tenho este post escrito há já algum tempo. Na altura acanhei-me. Hoje, depois de ler "O Declínio Irreversível da Música Popular Brasileira", decidi-me.
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