segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A nossa Vainessa é oiro

«Esta prata é como ouro. Significa muito para mim, pois Portugal é um país pequeno e não tem as condições da Austrália ...», diz Vanessa Fernandes, que nunca nos deixa ficar mal.

Mas foi a delegação portuguesa, com a sua entrada triunfal, que mais atenções obteve na China. Como se pode ler aqui



É pena que a polémica seja em chinês

sábado, 16 de agosto de 2008

"Trazes em ti mais do que eu te dei"

Obikwelu já não corre mais ".... Porque já não preciso e tenho muitos problemas nos joelhos, mas não é desculpa ..." (Público)

É uma razão mais que válida para um pedido de desculpa, se eu me sentisse no direito de o receber.
Como diz o Daniel Oliveira “Nós é que agradecemos”.

Para além de que já nos deste isto.

Eu é que peço, desculpa lá qualquer coisinha. Já não falo da maneira como te recebemos no país que, depois, escolheste representar. Refiro-me ao facto de não haver naquela *!#?#&#%* daquela maravilhosa aldeia olímpica, uma cama à medida para um atleta do teu gabarito. Como alguém me disse, "se fosse o comité olímpico de outro país qualquer, importava uma, por mala diplomática, no primeiro momento" mas como somos portugueses . . . tiveste que juntar duas camas . . .

Agora . . . fiquei com curiosidade em saber como é que os outros atletas se desenrascaram . . .
Aparentemente, o de lançamento do peso dormiu bem

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Obikwelulélélélé

«O atleta português Francis Obikwelu qualificou-se hoje para a segunda eliminatória dos 100 metros dos Jogos Olímpicos Pequim2008, ao vencer com facilidade a sétima das 10 séries da primeira ronda, com o tempo de 10,25 segundos. (...) "Tive um bocado de medo. Depois da falsa partida, meti na cabeça que era melhor descansar e não sair muito depressa, para não acontecer como no ano passado", afirmou o velocista do Sporting, de 29 anos, que considerou a pista "muito rápida".
Os cuidados do português na partida são provados com um dado: foi o terceiro mais lento a reagir na saída dos blocos, apenas à frente do ucraniano Dmitro Gulshchenko e de Michandong Reginaldo, da Guiné Equatorial.
» ( JN)

«...Francis Obikwelu, ao qualificar-se para as meias-finais dos 100 metros, foi hoje a grande figura portuguesa no sétimo dia de competições dos Jogos Olímpicos Pequim2008 (...) "Amanhã [sábado] vou partir tudo para chegar à final", prometeu Obikwelu, que, no entanto, vai ter como adversários alguns dos mais importantes velocistas do Mundo, como o jamaicano Asafa Powell e o norte-americano Tyson Gay.» (JN)

«As meias-finais realizam-se manhã, com início às 20h00 em Pequim (13h00) em Portugal.» (CM)

«A preocupação agora é recuperar do esforço das duas corridas de hoje, para estar ao melhor nível nas meias-finais. "Estive a fazer um bocado de gelo, massagem e agora vou pôr mais gelo", afirmou, considerando que a discussão por um lugar na final vai ser uma corrida perigosa. "Vou partir melhor. Tive algum medo, por causa da falsa partida. Não dei tudo [nesta eliminatória]", referiu, aludindo à dupla falsa partida que ditou a sua exclusão no Mundial de Osaca, no Japão, em 2007.» (Público)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Burrada olímpica

Com os jogos olímpicos a decorrer, não posso deixar de repetir esta anedota.

Na lanchonete da Vila Olímpica de Atenas, um bêbado (não me pergunte de onde ele veio que eu também não sei!) cutuca uma mulher e diz:
- Posso te c-contar uma (hic) piada de loira?
- Você que sabe! — respondeu ela — Mas olha bem p’ra mim! Eu sou Sueca, loira natural, tenho um metro e oitenta de altura, 70 quilos, sou triatleta e faço luta greco-romana!

O bêbado fica olhando e não diz nada. Ela continua:
- Agora dá uma olhada na minha amiguinha aqui do lado! Ela é loiríssima, tem um e noventa de altura, pesa 85 quilos… É jogadora de basquete!

O bêbado continua impassível e a loira prossegue:
- Agora olha p’ro outro lado! Tá vendo essa loira maior do que a Peiticeira?
- A-ham…
- Pois então, somos amigas de infância! Ela é campeã sul-americana de halterofilismo, tem um e oitenta de altura e quarenta centímetros de braço!

E o bêbado continua só olhando.
- Agora a escolha é sua, se você quiser contar a piada, vá em frente!

O bêbado pensa um pouco, olha para cada uma das loiras e diz:
- Ah, se tiver que explicar três vezes eu prefiro nem contar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Regresso a Lisboa

Já só penso em voltar para casa (também não me sai da cabeça um pormenor de somenos importância, como fazer as malas, mas rapidamente o ignoro e adio, até ao momento em que o táxi aparecer lá em baixo para nos levar para o aeroporto).
Foi nessa expectativa, que me veio à memória uma imagem que me ficou gravada, como um retrato. A minha tia-não-sei-quantas-vezes-avó, de 90 anos, sentada a coser numa máquina de costura Singer (peça de museu) provavelmente mais recente que a senhora, a cantar para mim a “Alegre casinha”.

Aqui, na versão original (a interpretação deixa muito a desejar). Aqui, uma versão instrumental de um dos muitos utilizadores do You Tube, que tem a particularidade de tocar a melodia mais ou menos correcta.

Curiosidade: a parte que falta na versão dos Xutos, o refrão, reza assim:
Tudo podem ter os pobres ou os ricos de algum dia, mas quase sempre o lar dos pobres tem mais alegria.
A sabedoria popular no seu melhor.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Lei de Murphy

Numa tradução livre no inicio do blog (por Tom Jobim), esta lei diz que quando algo corre mal, há sempre mais qualquer coisa que pode correr menos bem.

Em vésperas de regressar a Portugal, quisemos dar uns dias de praia à criança (não vai ter tempo para isso quando chegarmos). Depois de uma pesquisa nas páginas meteorológicas, cheguei à conclusão de que o tempo ia piorar.
Aqui, estamos no pino do inverno e está frio (o suficiente para eu me molhar só até ao joelho mas ainda dá para ela passar meia hora seguida no molho, de onde só sai quando eu a chamo porque em vez de um saudável vermelho-quase-lagosta, ela começa a ficar roxa). Decidimos de imediato (no primeiro fim-de-semana de Agosto).

Nota: faço notar, a quem não me conhece, que quando digo “vermelho-quase-lagosta” estou a gozar com os turistas que tanto apreciam esse tom e relevo de pele mas não me passa pela cabeça deixar a filhota chegar sequer à cor, quanto mais ao tom (é claro que já me descuidei mas é raro).

Tudo correu mal.
Como o Paulo muito bem sintetizou e sem entrar em pormenores, a natureza não programou a nossa ida à Inhaca. O resultado foi um dia de praia sem mar, pois a maré só encheu a horas indecentes. O vento estava tão forte e tão frio que nem na piscina dava para estar.

Bom . . . nem tudo correu mal . . . a meio da última noite e de uma insónia provocada pela algazarra que o vento fazia nas arvores (Sintra é, em comparação, o lugar mais silencioso do mundo), um pássaro (exótico certamente), que madrugada fora refilou bem alto por uma parceira, fez-me lembrar de que estamos em África e do meu fascínio por ela.
A espertina permitiu-me também traçar, com três horas de antecedência, um rigoroso plano de emergência, caso a avioneta (que o Paulo apelida de sapato) caísse no regresso.

Eu não tenho nada contra as avionetas de 15 lugares (apenas terror) mas tenho tudo contra os aviões em geral.
Até que me tenho portado muito bem, tendo em conta o pavor que tenho de voar numa lata fechada, atestada de gasolina e de ilustres e imprevisíveis desconhecidos.
Apenas duas vezes perdi a compostura. Uma, quando reparei que os lugares nos aviões normais estavam a ficar cada vez mais apertados, inclusivamente para mim que tenho a particularidade de caber em qualquer cochicho e uma segunda vez, quando um passageiro desesperado pelo calor tentou fazer uma ligação directa na ventoinha de uma avioneta (sapatinho) que tresandava a gasolina. “Por que no te quedas?!!!” (Ops! Má escolha e eu sem madeira por perto)