Tenho o mesmo rímel que herdei da minha mãe (sem ela saber) desde a adolescência. Ou antes, tinha, o rímel desapareceu e algo me diz que já passou para a próxima geração. É muito raro pintar-me e quando o faço, uso apenas o dito e um pouco de cor nas maçãs e nos lábios, para ir a um jantar mais especial ou algo do género. Coisa leve. Normalmente só as mulheres é que reparam que me pintei.
Há dias, como não encontrava a relíquia, tive que pôr um rímel novo, uma incógnita para mim. Daqueles que, anunciam, dão mais volume às pestanas.
E não é que dão mesmo! Fiquei impossibilitada de pestanejar e duas linhas escuras atravessavam o meu campo de visão.
Como já não tinha tempo para limpar aquela pasta dura, limpei a escovinha com papel (como costumo fazer) para separar as pestanas melhor. Piorou. Em S. O. S. pedi à minha filha o pente das bonecas. Nada feito . . . por pouco não ficava com ele lá colado também. Entretanto a nossa boleia chegou e saímos.
Chegados ao restaurante, tive que avisar os convivas para terem cuidado com os cumprimentos, não fosse eu vazar-lhes um olho.
Vermelha, sem sequer ter posto blush, expliquei às duas convivas curiosas, que como estava habituada a usar o antigo, ainda não tinha experimentado aquele rímel novo e não lhe conhecia os efeitos perversos. Teria que vasculhar a casa e encontrar o outro.
“Mas o rímel só se pode usar até três meses depois de abrir! Pode causar infecções.”, “Nunca tive problemas". Aparentemente o meu rímel, o que herdei da minha mãe, já estava morto. Agora está morto e enterrado.
Tenho que ficar atenta às pestanas da filhota.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Brushing das pestanas
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