sábado, 29 de dezembro de 2007

Natal na praia

E cá estamos de novo, já recuperados da rigorosa dieta de peixe com molho doce, das caminhadas na praia e da sova das ondas "tipo Sagres".
Tivemos, como expliquei à minha filha para a despistar dos presentes que disfarçadamente comprámos na presença dela, um Natal dos pobrezinhos. Uma cabana sem electricidade, comida só à hora certa e apenas a que nos põem à frente, dois presentes e um Pai Natal zimbabweano, que já vai com muita sorte.
Por ter sido tão diferente foi agradável.
A cadela, que nunca tinha visto o Mar, se não estivesse presa à trela tinha-se afogado. Adorou. Não tirámos fotografias nessa altura, ficaria para depois ... azar ... ao terceiro dia, ela dava quatro passos e deitava-se ... dores musculares.
As fotografias do Natal mando por e-mail. Apesar do acesso a este espaço ser limitado à família, não tenho a certeza se o é de facto. A bem dizer ... por enquanto acho que é limitado ao Pedro. Não tenho tido feedback portanto não sei quem é que tem acedido.
Por agora fico-me por estas linhas que aqui deito-me com as galinhas e acordo com o galo.
Beijinhos e um muito bom Ano Novo.

NOTA: Depois de uma semana e meia o acesso já não é limitado. Só o Pedro acedia. Ninguém parece querer arriscar ser meu amigo no cyberespaço.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O que não vale a palavra de mãe.

Corremos a cidade de Maputo à procura de uma piscina que prometemos à filha há uma semana e temos vindo a adiar. Ontem dei-lhe a palavra de mãe, coisa que eu nunca tinha dado na vida e hoje começou o calvário. Uma estava em obras, a outra já não aceita visitantes . . .
Estamos finalmente no Clube Naval, que há uns anos atrás tinha um ar colonial demais para o nosso gosto mas onde agora já há mais "mistura", como diz o Paulo.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Já temos Internet !!!

Tô ligada !!!
Curiosamente a questão tratou-se muito rapidamente, o que demorou foi a autorização do gestor da casas. O Paulo foi anteontem à Tv Cabo, assinou o contrato e hoje numa hora já estava instalada.
Ele nem queria acreditar, deixou o homem especado enquanto consultava o e-mail e tudo mais para se certificar de que estava tudo mesmo bem.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Cheguei a África !!!

Cheguei a África apesar de ter aterrado há cinco dias.
Acordei às 4.30h com o calor e um mosquito mais resistente. Vim "bater café" cá para fora enquanto vejo uma velha com um saco de plástico azul, espantar os frangos que lhe invadem a machamba.
Tenho que dizer à minha filha que o Sr. António já tem pintos.
O impacto da chegada é sempre muito forte. depois de um suplício de cinco horas de check-in e 12 horas de voo, aguarda-nos a já esperada tentativa de suborno e a revista das malas. Desta vez não remexeram muito, havia uma cadela connosco, tivemos que pagar.
Na última vez fiquei tão furiosa por me remexerem a mala toda daquela maneira, que desatei a espalhar lingerie pela alfândega decadente do aeroporto de Maputo "Quer ver o que trago!?!?!?"
Agora estava mais calma mas a vontade de embarcar no próximo voo para Lisboa é também uma constante nestas viagens.
Já não se vêm miúdos na rua a "pidi cinco mil". Na altura achava um exagero apesar de equivalerem a uns quantos cêntimos. Os órfãos da guerra civil e da Sida cresceram, inventaram novos expedientes.
A malária também mata muito mas é encarada como aquela velha tia afastada, impossível de aturar, com quem temos que conviver.

quinta-feira, 8 de março de 2007

A Maria morreu ontem

No meio do pesar, sinto por vezes, a injustiça. O minimo a que ela teria direito, era de morrer hoje, no Dia da Mulher. Uma grande Mulher e uma grande Senhora.
Injustiça também, porque não pude despedir-me (mea culpa).
Há anos que não falava com ela, a não ser um "beijinho" rápido num reencontro de minutos em casa de amigos. Os filhos não podem nem devem ser desculpa para tudo.

Não deixar para amanhã ... quantas vezes vou ter que aprender esta lição.

E eu cheguei a desconfiar que algo não batia certo, mas não queria incomodar (desta vez safam-se os filhos). Não queria incomodar porque sou idiota, porque achei que após a reforma ela quereria algum tempo para si, porque me preocupo tanto em não incomodar que não telefono, não vou, não peço, não faço.
Se puderes aceder à net lá no sitio para onde foste, aqui fica a minha despedida tardia. Obrigada por tudo, muitas saudades e até breve.

Beijinhos não ... de "beijinhos" está o mundo cheio.