Disse em post anterior que não me importo que minha filha seja parecida com o pai. Referia-me às parecenças físicas mas não me importava que fosse parecida em tudo o resto. A personalidade e o carácter saiu “cuspidinho” do meu.
Claro que tem muita coisa do pai, fruto da convivência e da educação, mas aqueles traços de personalidade que nos marcam para todo o sempre e nos gravam na memória (na minha e na dos outro) as coisas inqualificáveis que fizemos ...
Tem as mesmas preocupações pelos males do mundo que eu tinha e que aprendi a dosear.
É mais inteligente. Enquanto eu queria fundar uma comunidade de pessoas, ela quer formar uma comunidade de animais.
O pai também tem as mesmas preocupações mas lida com as coisas de maneira diferente, é mais racional.
No jardim zoológico, por exemplo, perante a imagem dos macacos injustamente fechados em jaulas, a primeira reacção dela (que já foi a minha também) é abrir a jaula e libertá-los. O pai, também quer dar-lhes a liberdade . . . através de um processo demorado e penoso, que envolve entrevistas às partes envolvidas (de preferencia com umas cervejas a acompanhar), uma profunda problematização da questão e se houver uns debates pelo meio, a coisa fica ainda mais democrática. Conclui o procedimento, com a enunciação de uma tese que nem eu, nem os carrascos (muito menos os macacos) entendemos.
Da mesma maneira que eu reagia com fúrias aos acessos de fúria da minha mãe, a minha filha reage aos meus e vai ter fúrias pela vida fora, até ter filhos e gramar as fúrias deles também. É hereditário.
Eu tenho quase sempre o SPM duas semanas antes do tempo previsto, ela tem SPM todas as manhãs ao acordar.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Mau-feitio genético
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