quarta-feira, 28 de maio de 2008

Deixar de fumar

Como resolução de aniversário e resultado de uma promessa que fiz (largar os cigarros aqui em Maputo), comecei a deixar de fumar.

Digo comecei, porque se trata de um processo, por etapas, que iniciei há já algum tempo.
Primeiro foi a promessa, fase muito importante do processo. Aquela em que um dia nos comprometemos com alguém muito querido, que nos vai moer o juízo nos próximos meses para cumprirmos o prometido.
Depois vem a mentalização. Uma lista interminável com as desvantagens de fumar, contra a única vantagem (“sabe bem”), que vamos lentamente interiorizando:
Faz mal à saúde em geral e à pele em particular, ando sempre com um ar acinzentado;
Tira-me a capacidade de resistência e já não consigo subir doze andares de escadas para evitar o elevador;
Empesta-me com um cheiro desagradável, do qual a minha filha foge e que me deixa sempre pouco à vontade num espaço exíguo como o de um elevador;
Está a estragar-me a voz (se é que ainda tem reparação) e já não posso cantar num qualquer momento que me apeteça, com medo de me sair a cana rachada;
O dinheiro gasto em cigarros dar-me-ia para comprar qualquer coisa ao fim de um ano, nada muito extravagante mas é dinheiro na mesma.
Com certeza que existem outras motivações bem mais relevantes mas se foram estas que me vieram à cabeça, são estas que tem estado a fazer efeito.
Agora chegou o momento de passar à acção. Nada de muito radical (não quero todos à minha volta a dar em doidos no decorrer da minha demanda), consiste apenas num fumar consciente, isto é, só vou fumar quando o meu cérebro o pedir e não apenas porque alguém puxou de um cigarro, porque me apetece ou porque sim. Vou com isto reduzindo o número de cigarros e a minha dependência ao acto de fumar, sem me tornar numa terrível radical anti-fumo, que desata a despachar decretos-lei em casa própria, infernizando a vida de familiares e amigos.

Para quem me conhece (e já agora para quem nunca me conheceu) . . . nunca mais serei a mesma.

2 comentários:

Júlio Mutisse disse...

Marta (se me permite) convivo há três anos com um exemplo de VONTADE de deixar de fumar.

Num lindo dia a nossa colega enumerou todas as desvantagens do fumo que menciona no seu post e mais algumas e anunciou que ia deixar de fumar. Chegamos a pensar que fosse uma tirada sem consequencias já que todos tinhamos exemplos de gente que tinha feito o mesmo anuncio sem sucesso.

Mas a grande força de VONTADE (que é o essencial) da minha/nossa colega ajudou a a deixar de fumar e já lá vão 3 anos.

Espero que obtenhas sucesso nessa empreitada. O método que tentas tenho visto com o meu cunhado que até já experimentou uns tubinhos estranhos de nicotina inalável. No caso deste está o imperativo de deixar de fumar por pressão familiar (também tem um filho que tem que ser protegido dos efeitos do fumo) faltando o essencial: FORÇA DE VONTADE.

Espero que a tenhas de sobra. De coração. Fazias um bem a ti e a todos os que te rodeiam,incluindo eu que não te conheço pessoalmente se não pelos seus desabafos neste local.

Bom fim de semana.

Marta disse...

Obrigada . . . também pelo incentivo.