Unidos contra o iogurte
Música portuguesa forever
Terrorismo é uma coisa, estupidez é outra
. . . porque o RAP é bom remédio . . . do melhor . . .
Concordo em quase tudo com ele. Só tenho algumas dúvidas relativamente à questão do piáçá . . . que a língua portuguesa tem muita vida e tenho p'ra comigo que o piáçá ainda tem mais.
segunda-feira, 31 de março de 2008
A minha prescrição
Mas certamente que não
Tenho aprendido umas coisas interessantes no blog de Paulo Querido. Mas certamente que sim!
Posso até dizer-vos qual foi a penúltima. O que é o Twitter.
O que eu, com toda certeza, não esperava encontrar era isto.
domingo, 30 de março de 2008
'tou deprimida
Sabem já, porque o relatei na altura, que quando cá chegámos em Dezembro a casa não tinha sido limpa.
A senhora que o devia ter feito, quando se apercebeu que eu ía tomar conta do assunto sem contratar empregada (ela), ofereceu-se para ajudar.
Para não me atrapalhar o plano de emergência falei-lhe nas janelas, não sei como fazem para as limpar, pois com as grades fica difícil. "Chiiiiii . . . isso . . . tem que pedir escada, subir escada, regar com mangueira . . . "
"Deixe estar. Olhe, o tapete da sala é que está muito sujo e eu não tenho espaço para o lavar. Pode lava-lo você?" . . . Levou o tapete para limpar e desamparou-me a loja.
Passados dois meses, porque não queria ser implacável para com o ritmo alentejano (ao quadrado) que aqui as coisas levam a fazer (pelo menos quando são para mim), um dia, ao vê-la a limpar o tapete cá fora e pensando que finalmente a senhora, no meio da canseira do dia-a-dia, tinha arranjado um tempinho para o nosso tapete . . . comentei "Ehhh! já quase não me lembrava dele, mas está a fazer alguma falta, para a miúda brincar no chão" . . . Nada!
Passaram mais dois meses, o frio começa a apertar e depois de já ter falado algumas vezes sobre o assunto (com a resposta "Hei-de levar"), interrogo-me . . . onde o terão posto a secar para levar tanto tempo.
Com a fúria com que estou em relação a tudo o que se tem passado ultimamente: esperas de três horas para almoçar; pagamentos para tudo, inclusivamente taxas de embarque em voos internos; revistas às mochilas (a grande suspeita sobre uma caninha que eu trazia para fazer desenhos na areia, que até chamou o segurança para conferir se era uma caninha mesmo, a senhora que apesar de viver na zona das palhinhas e palhotas não sabe reconhecer uma); revistas dos sacos de compras à saída dos supermercados . . . isto referindo apenas algumas coisas que me afectam directamente, já não falo de tudo o resto que vejo à minha volta, que afecta este povo e que me enfurece também.
Bom! Dizia eu . . . neste estado de espírito e resmungando com os meus botões . . ."Bolas! parece que quanto mais cordiais somos com os outros, mais com os pés somos tratados." . . ."Eu devia era começar a agir como os técnicos superiores da função pública".
Se bem pensei, melhor o fiz. Abri a porta e por um acaso, a senhora encontrava-se ao fundo das escadas.
"Por favor, queria o tapete que levou para lavar."
"Ah! sim . . . "
"Hoje!"
"Mas não pode ser, está na casa do vizinho do rés-do-chão . . ."
"Não me interessa. Peça a chave, peça-lhe a ele . . . teve quatro meses para lavar o tapete . . . ainda por cima foi dá-lo ao vizinho?!? Quero o tapete. Hoje!"
Vim para dentro mais nervosa do que à saída de uma reunião com chefias. À tarde, o tapete estava à minha porta. Mais nojento do que nunca, mas o tom usado resultou.
sábado, 29 de março de 2008
Pistas para a educação
"Uma turma de 27 alunos, todos com mais de doze anos, que acabam de chegar ao 5º ano. Entre eles uns três repetentes. As primeiras cenas são felinianas. Uma jovem, com ar arrapazado, entra saltando de mesa em mesa. Uns quantos continuam a briga feroz do pátio dentro da sala. Há os que vão dando conta que lhes tiraram isto ou aquilo e barafustam pelos “roubos”. Ninguém parece ouvir ninguém." Na Escola da Setora.
. . . um exemplo do que acontece no ensino em Portugal.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Os Três Porquinhos (contado por um engenheiro)
Esta, retirada do Humor nas ciências, é para o Tuxo.
O filho quer dormir e pede ao pai (engenheiro) para contar uma história, ele conta a dos três Porquinhos.
Meu Filho, era uma vez três porquinhos ( P1, P2 e P3) e um Lobo Mau, por definição, LM, que vivia atormentando-os.
P1 era sabido e fazia Engenharia Eléctrica e já era formado em Engenharia Civil.
P2 era arquitecto e vivia em fúteis devaneios estéticos absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos.
P3 fazia Comunicação e Expressão Visual na ECA.
LM, na Escala Oficial da ABNT, para medição da Maldade (EOMM) era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM era também um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde "n" é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica, localizado próximo a Granja Viana.
Mas nesse promissor perímetro construiu P1 uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.
Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno que mais parecia um castelo lego tresloucado.
Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo "o máximo".
Um dia, LM foi até a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3: "Uahahhahaha, corra P3, porque vou gritar, vou gritar e chamar o Conselho de Engenharia Civil para denunciar sua casa de palha projectada por um formando em Comunicação e Expressão Visual! "
Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do Conselho já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2.
Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando: "Abra essa porta P2, ou vou gritar, gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não reflorestadas e areia de praia para misturar no cimento."
Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta a baixo por uma multidão ensandecida de eco-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pinxando e entoando palavras de ordem.
Segue que P3 e P2 correm para a casa de P1. Quando chegaram, este os recebe e os dois caem ofegantes na sala de entrada.
P1: O que houve?
P2: LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.
P3: Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Comunicação e Expressão Visual!
Tum-tum-tum-tum-tuuummm!!!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta meu filho! o som correcto não é esse.)
LM: P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do Conselho de Engenharia em cima de você!!! e se for preciso até aquele tal de Confea
Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquitecto e do...do... comunicador e expressivo visual) LM chamou os fiscais. Estes fizeram testes de robustez do projecto, inspecções sanitárias, projecções geomorfológicas, exames de agentes físico-estressores, cálculos com muitas integrais, matrizes e geometria analítica avançada e nada acharam de errado. Então LM gritou e gritou pela segunda vez e veio o Greenpeace, mas todo o projecto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correcta.
Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super-comum nos contos de fadas): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu até a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadir.
Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e activou uma catapulta que impulsionou com uma força de 33.300 N (Newtons) LM para cima.
Este subiu aos céus, numa trajectória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade chegou a zero, a 200 metros do chão.
Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8 m/s² e que um lobo adulto médio pese 60 kg, calcule:
a) o deslocamento no eixo "x", tomando como referencial a chaminé.
b) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão e
c) o susto que o Lobo Mau tomou, num gráfico lógico que varia do 0(repouso) ao 9 (ataque histérico).
(texto de origem desconhecida)
quinta-feira, 27 de março de 2008
Você já foi à Casa Barry no Tofo? Não? Então não vá.
O Paulo bem tentou proporcionar-nos umas férias inesquecíveis no sítio onde ele mais gostou de estar . . . há sete anos.
Como podem adivinhar, nem tudo correu bem.
O transfer que nos custou uma fortuna foi feito num chapa, a assapar, em despique com outro ainda mais decrépito.
Mas a viagem era bonita e fomos abençados com chuva.
O verde alaranjou pelo caminho.
Coqueiros de madeixas ruivas, estampam de riscas o capim. Palhotas, do creme ao laranja, matizam as margens da estrada, cravejada de buracos meticulosamente delimitados por tinta fosforescente para os incautos nocturnos.
Numa cabana ao estílo rústico (com o serviço de limpeza assegurado pelo simpático e impecável Sr. Maurício), com uma praia para todos os gostos, deveriam ter sido as férias almejadas mas . . . naaaaa . . .
O que correu mal?
A alimentação. É sempre a alimentação. E dirão vocês na galhofa "lá estão eles armados em gourmets" . . . Não, não estávamos, apenas nos aborreceu o tempo de espera demorar uma média de duas horas. Esperámos uma e esperámos três, em toda as vezes que comemos no restaurante do lodge (não havia muita escolha por perto).
Numa das vezes, depois de uma hora de espera, o gerente (sul africano), veio informar-nos que a comida vinha dentro de quatro a quatro minutos e meio (que precisão). Não veio.
No penúltimo dia, depois de uma hora a ver os clientes que chegaram depois a comer, respingámos quando nos vieram perguntar se era bem ou mal passado, mas quando nos vieram trazer pãezinhos e margarina (não há manteiga nem para as torradas), porque ainda ía demorar um pouco, demos um basta (duas noites atrás tínhamos esperado três horas). Fomos comer umas sandes ao bar dos surfistas. Esses estão-se borrifando para o facto de sermos portugueses.
A nossa sorte (e ruína) foi a "Casa de comer", caro mas muito agradável e come-se bem. Mais tarde apercebemo-nos que é o refúgio das ONGs.
É caso para dizer: Você já foi à Casa Barry no Tofo? Não? Então vá . . . mas leve transporte e comida.
quarta-feira, 26 de março de 2008
A imbecilidade é mesmo coisa universal
Tenho um anónimo racista de estimação.
Eu não o estimo. De todo. Pelo contrário, sinto asco, mas ele não me larga com as tiradas de imbecil militante.
Até teria piada se não fosse triste.
Eu pago, através do meu governo, que está na penúria e que por isso mesmo me cobra impostos altíssimos, ajudas monetárias a Moçambique.
Esta foi a última: Na Ilha de Moçambique : Portugal doa 700 mil USD
Venho para cá viver uns meses, introduzir divisas no país à custa de dinheiro português, e mesmo assim há imbecis que me mandam para o meu país como se eu estivesse a roubar-lhes alguma coisa. E mesmo que fosse emigrante . . .
Faz-me lembrar aqueles portugueses, que eu sempre detestei e combati, que em Portugal mandavam os africanos, depois os brasileiros e agora as ucranianos para a terra deles.
A imbecilidade é mesmo uma coisa universal.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Volto Já
E entretanto deixo-vos com esta delícia.
Eu sei que deveria referir de onde veio . . . confesso que não me lembro . . . perdi-me na rede.
A Precariedade Congela-nos a Vida
Olhe que não . . .
Chegam-me, há já algum tempo, ecos de espanto . . . "então não é que a magana, que quase nunca dá uma para a caixa, até que escreve umas coisas" . . .
Pois, não tenho modéstia para recusar o elogio no seu todo, realmente escrevo melhor do que falo.
A impulsividade, característica vincada em mim, já me fez pagar caro o querer sempre opinar em tudo e faze-lo frontalmente. Com o tempo fui aprendendo a calar e quando não, atrapalho as falas só de imaginar a embrulhada em que me vou meter. Passei a escrever. É bem mais fácil.
Este blog permite-me "escrever alto" e o que escrevo, se necessário, pode ser retirado em tempo mais ou menos útil.
Será por vezes uma escrita igualmente impulsiva (já desejei poder retirar muitos comentários espalhados por aí), mas existe a possibilidade de ler o que saiu a quente e recompôr uma ou outra frase (não dar lugar a mal entendidos), acrescentar um apontamento de humor que encaixa na perfeição ou uma memória beliscada.
Nada de novo, apenas a visibilidade . . . que não posso deixar de admitir, também me inspira muito.
quarta-feira, 19 de março de 2008
E o circo desceu à cidade
Petição Não ofendam os palhaços!
Fonte: Arrastão, 5dias.net
terça-feira, 18 de março de 2008
Agora em versão melhorada
Si se puede!
Que querem?
Gosto deste video . . .
Palhaçadas judiciais
Colunista Daniel Oliveira condenado a pagar dois mil euros a Alberto João Jardim por difamação
Porquê?
Alberto João Jardim chamou "Filhos da Puta" e "Bastardos" aos jornalistas e Daniel Oliveira respondeu-lhe com um "Palhaço" . . .
Talvez fosse de considerar a abertura de uma "Conta para a liberdade de expressão" para ajudar a pagar as indeminizações às vítimas desta justiça e daquele filho de uma senhora honrada.
Espero que o próximo recurso corra bem DO e que o próximo insulto seja algo bem mais suculento.
Efeito Santo António
Ah!... passear por Lisboa, sozinha, finalmente. Sem ter que estar constantemente a defender as vicissitudes duma cidade cosmopolita, com muitos senões (por isso fugi por dez anos) mas impossível de percorrer sem se lhe apreciar a beleza. Esquadrinhar todas as capelinhas que trazem sempre à memória qualquer coisa de aconchegante. Descer da Graça, passando pela Feira da Ladra, para a Baixa, a caminho de lado nenhum, sem horas no pulso ou na ideia. Num passo tranquilo... aquela pedra a chamar-me a biqueira do sapato... apesar de tudo convém alguma moderação.
Sentar-me nas escadas da capela de Santo António, por regra ocupadas por pedintes e agora desocupadas, exclusivamente para eu me sentar, respirar, cheirar o ar.
A estátua de Santo António, de costas viradas para mim, espicaça-me os devaneios e eu, discretamente, como quem saltita para outro poiso, vou sentar-me junto dele.
"Então?... Dizem que és casamenteiro?"... "Comigo não tens muita sorte, o rol já vai longo e não há maneira de acertar. Tenho uma sina que os escolhe a dedo, é só lixo."
Embaraço-me com olhares inquiridores que passam mas recobro a postura. Afinal quem é que estranha uma lisboeta, sozinha, em meditação na companhia de Santo António... turistas... este sorriu-me.
"Onde é que eu ia ?... Pois. É que apesar do meu coração sofrer de total falta de discernimento, o meu nível de exigência é elevado."... Chego-me um pouco mais, em estilo de confidência... "Não é que eu esteja a pedir, eu até estou muito bem sozinha, mas nunca se sabe... É melhor deixar a questão bem esclarecida".
"Se tivesse que acabar com esta tão bem-vinda e recente liberdade, só queria um homem bom... inteligente, com sentido de humor, generoso, que gostasse de crianças, bom pai e... se fosse bonito, era ouro sobre azul."... não me esqueci de nada... "Já agora, se estivesse bem provido para enfrentar esta vida de cão, também não era mau."... Discretamente, agradeço qualquer coisinha, levanto-me, sacudo as calças e continuo o meu passeio até ao Terreiro do Paço, a ver o rio e os cacilheiros que tantas vezes me trouxeram de volta.
O tempo de entrega pode demorar dois anos mas o nível de satisfação é elevado.
segunda-feira, 17 de março de 2008
Efeito Elis Regina
E dizia ela, já com um plano mirabolante em mente, do qual eu nunca desconfiei: "Eu sei quem é que tem todas estas músicas da Elis Regina, foi até ele que me fez esta selecção. Podemos lá ir agora, pedimos-lhe para gravar uma cassete com os temas que mais gostas, inclusivamente o Rebento, e tu paras de me moer o juízo para te emprestar esta". Passava já da meia-noite e ela que não, "ele deita-se tardííííssimo e até gosta de visitas".
Apanhámos um táxi para o outro extremo da cidade. Já à porta, ainda a tentei demover de incomodar, de madrugada, um pobre coitado que para mal dos seus pecados também era amigo dela. Por causa de uma cassete . . . mesmo que eu a quisesse muito. Já que tínhamos ido até ali, resolvido estava. Toquei à campainha . . . espera . . . ela tocou de novo . . . espera . . . já eu lhe puxava pela manga para nos eclipsarmos dali, quando a porta se abre e ele surge . . . ensonado.
Convidou-nos a entrar como quem já sabe o que a casa gasta. Se a Madalena ali estava, o melhor era sentar-se enquanto ela desenrolava ao que ela vinha . . . ela e eu (glup).
O assunto Elis Regina adoçou o ambiente. Só então respirei e vi . . . o apartamento de solteiro mais bem decorado, mais confortável e mais arrumado em que eu já tinha entrado.
Passado um mês deixou de o ser. Eu já lá estava a viver.
Grande Regina (1945/1982)
Elis Regina faria hoje 63 anos. Nem consigo imaginar como seria . . . aqui vai a minha homenagem.
Como Nossos Pais
Se Eu Quiser Falar Com Deus
Rebento
Aprendendo a Jogar
Carinhoso
É Com Esse Que Eu Vou
Meio de campo
Águas de Março
Folhas secas
Fascinação
Romaria
Alô, Alô, Marciano
Dois pra la dois pra cá
O Bebado e A Equilibrista
Atras da Porta
Cais
Marília Gabriela entrevista Elis Regina
Tv Mulher - Gabriela entrevista Elis - 1ª parte
Tv Mulher - Gabriela entrevista Elis - 2ª parte
domingo, 16 de março de 2008
A visita de Mariani
O meu homem anda deprimido. Não pode dizer mal do Presidente da República Portuguesa.
Do PR e dos . . . "Como é que é mesmo, amor?" . . .
Sendo ele pai, tem que pensar nessas coisa mesquinhas como segurança familiar . . . além disso o blog dele é quase de âmbito profissional, se não tem tento na língua ainda lhe cortam a dita.
Sosseguei-o então, "meu amor eu digo mal por ti".
Afinal o meu blog é familiar e eu tenho uma longa experiência de dizer mal do mundo, já desde os tempos da soja guisada da minha querida mãezinha.
Numa qualquer sessão de hipnotismo tenho a certeza que traumas mais antigos encontraria, mas é melhor deixar por aqui mesmo.
Até é melhor que seja eu a dize-lo porque apesar de muita gente sensível achar que sou um pouco brutinha, nas situações mais delicadas consigo ser muito diplomática . . . "não, não é para ficar calada" . . . consigo encontrar maneira de dizer as coisas sem ofender susceptibilidades. Ainda para mais que fui eu a culpada disto tudo, com as censuras do tipo "meu amor se não tens provas, não podes afirmar que a tasca do PR se chama Mariani" . . . "não é tasca? Olha que com esse nome devia ser". . . só porque juntaram o nome Maria a Aníbal, são este tipo de afirmações que engordam os advogados e atulham os tribunais".
Agora é isto, ele a rezingar a quantidade de coisas que deixou por escrever em nome da segurança familiar.
E portanto, aqui vai água:
O Senhor Presidente da República Portuguesa está em Moçambique em visita oficial e aproveita para tirar uma semana de férias no Bazaruto . . . "amor, isto não me parece estar a sair lá muito bem." . . . acho que a questão tem também a ver com a tasca dele . . . "'tá bem, a vivenda" . . . lá para os lados de Boliqueime, a Mariani.
Por falar nisso, já foram à tasca da Chuinga . . ."o quê? Ah! sim."
Bom, dizia eu que a mediocridade tipo funcionário público (já agora aproveita-se o bilhete de avião para tirar uma semaninha de férias), da parte de alguém que não é de todo um simples funcionário público (ainda por cima vai para Bazaruto . . . se fosse para as Quirimbas) e a imagem que isso dá a estes governantes que conhecem o luxo "à séria" (ainda lhe dão um tupperware para fazer um take-away da recepção oficial) . . . "mas, meu amor, nós fomos para o Bazaruto". . . pois, nós somos simples funcionários públicos, mais eu que ele . . . equilibro a média . . .
Mas isto não está a correr mesmo nada bem . . . eu disperso-me . . . "Como é que é mesmo amor?" . . .
sábado, 15 de março de 2008
Dança descompassada
Estou com uma neura que nem em dias de SPM elevado ao cubo.
À semanas que a água só vem de manhã, por vezes já depois da filhota sair (o que quer dizer: banho "semicúpio"), para depois ser novamente cortada à hora de almoço. Noutros dias só vem à tarde, até à hora de jantar.
É a "dança do garrafão" diária. Encher em série os garrafões vazios, que durante o dia se vão levando e esvaziando na casa-de-banho ou na cozinha. Já me habituei.
Os moçambicanos, que já devem conhecer esta rotina dirão "E então? conta algo de novo".
Pois . . .
A minha neura nem é sequer pela falta de água, é pela falta de método quando no-la cortam.
É que assim não dá sequer para uma pessoa se organizar.
Senhores das águas, decidam-se! É de manhã ou é de tarde? Que a minha vida não é isto!
Ahnnn!? . . . foi só um desabafo.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Arrematado pela mesa do fundo
Passei dos 100 visitantes!!!
Desde que coloquei na barra lateral aquela tabela com as bandeirinhas, o feedjit, que encontrava em quase todos os blogs, fiquei fascinada com a quantidade de informação que podia retirar disso.
E as bandeirinhas . . . quando aparecia uma nova copiava para dar à filhota.
Depois comecei a ficar feedodependente. Já não me bastavam dez bandeirinhas, nem o saber de e para onde vão os visitantes, queria saber mais. Já não saía do computador. Pouco faltou para ser alimentada a soro (tipo Kit mãos livres). Instalei o geocounter, o geomap e tudo o mais que encontrei.
A coluna de bandeirinhas com números a subir e a piscar, os pontos intermitentes no mapa . . . fiquei hipnotizada.
O feed back dos meus posts é qualquer coisa de extrordinário, nem com o meu marido (ou com os meus irmãos) eu consigo tamanha atenção.
De repente reparo na contagem. Marca 101 . . . "o que é que estou a fazer?" . . . fecho o blog.
Acho que já posso ir estudar.
Música moçambicana - precisa-se
Ia eu fazer um apelo: "Falem-me da música moçambicana" e recebi esta visita vinda do xipamanine.
Ainda não tive tempo de ver com calma e muita da música não é moçambicana mas acho que vale a pena.
Comentários não publicáveis
O Correio da Manhã achou por bem colocar apenas um dos dois comentários que fiz a uma entrevista com o Vereador José Sá Fernandes da Câmara Municipal de Lisboa.
A média até está boa tendo em conta que muitos jornais não os publicam de todo. Já esperava isso e fiz logo este post com os dois comentários, afixo apenas o omitido.
"E digo mais. Nascida e residente em Lisboa, tenho quase a certeza de que a maioria das pessoas que desvaloriza o trabalho dele, não vive cá e portanto tanto se lhes dá que a cidade seja inabitável, tem é que ser transitável."
Na comunicação online, esquecemo-nos por vezes de pormenores e eu esqueci-me deste:
Aceito qualquer argumentação fundamentada contra os "incómodos " que ele causou nas várias acções que levou a cabo. Não aceito, de todo, o deitar abaixo "porque sim".
Cruzei-me com a minha infância
Na minha "volta das capelinhas" encontrei mais uma pérola.
Faço minhas as sua palavras.
O admirável mundo da bola (Um blog que seja seu)
quarta-feira, 12 de março de 2008
Já tenho Rádio
Depois de muitas e muitas horas de casmurrice, posso (e podem) ouvir as minhas músicas preferidas.
É só clicar em baixo do perfil e esperar.
Nas horas de maior tráfego na rede, tem umas paragenzitas irritantes.
Para que conste
Coisas que eu gosto em Maputo
O colorido das capulanas
Os tons de verde nas copas das avenidas
Os coqueiros, as mandioqueiras e as acácias
As trouxas de bebés às costas
O terra vermelho argila
As chuvadas "aqui vai água"
As trovoadas "eu sou a natureza"
As vendas de beira de rua
As estradas todo o terreno
Os tchovas vendendo lenho
O povo a banhos na baía
A conversa do "vai fazer bom preço"
Os nomes das terras
Os insectos gigantes e as gaivotas anãs
O caranguejo de mangal
Vestir-me de panos e andar descalça
No Mercado do peixe pedir peixe pedra e bacela na castanha
No Mercado do pau pedir desconto e comer matapa no Coqueiro
Os meninos de regresso da escola, aos saltinhos em fila pirilau pela machamba, como os pintos do senhor António
Os amigos e irmãos de todas as idades, que caminham pela rua de mãos dadas.
Contribuição(zinha) para a história dos blogs
Faria ontem 68 anos e teria sido o primeiro blogger . . . tivesse ele um portátil.
Vejam aqui algo sobre Sebastião Alba.
E podem também responder à pergunta: É este o primeiro blog em livro?
A abanar o capacete
Descobri porque é que chamam "Rabo de cavalo" ao prender do cabelo atrás . . . também dá para afastar as moscas.
Músicas da minh'avó
Esta era uma das minhas preferidas. E a rapariga mais perto do piano poderia ser eu (por segundos enganou-me).
A Joaninha
. . . e já agora
PREGÃO DOS FIGOS
terça-feira, 11 de março de 2008
Coincidências?
Num post atrás eu defendia que poderia ser uma coincidência, a escolha do jovem apoiante de Obama para uma entrevista de rua. Se na altura já fiquei na dúvida agora tenho quase a certeza. É difícil de acreditar que o entrevistador não sabia a quem se estava a dirigir, apesar de Derrick estar quase irreconhecível.
Porquê?
DERRICK ASHONG
Derrick Ashong Lecture
SMT FAQ 1:What is SMT?
Soulfege - Sweet Remix
Take Back the Mic: Open Mic - Politics/Week1
Angola 3
SMT on ABC
É mesmo o melhor remédio.
Numa das minhas bloganças encontrei, no Aragem, estas pequeninas pérolas de humor:
Um amigo meu comprou um frigorífico novo e para se livrar do velho, colocou-o em frente do prédio, no passeio, com o aviso: "Grátis e a funcionar. Se quiser, pode levar".
O frigorífico ficou três dias no passeio sem receber um olhar dos passantes.
Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom de mais para ser verdade e mudou o aviso: "Frigorífico à venda por 50,00 €. No dia seguinte, tinha sido roubado! Cuidado! Este tipo de gente vota!
Trabalhei uns anos num centro de atendimento a clientes em Ponta Delgada - Açores. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu respondi: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana." Ele então perguntou: "Pelo horário de Lisboa ou pelo horário de Ponta Delgada?" Para acabar logo com o assunto, respondi: "Horário do Brasil." Ele vota!
A minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele. Ela guarda a ferramenta no porta-bagagens! A minha cunhada também vota!
Uns amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notámos que as grades tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, comprámos 2 grades. O caixa multiplicou 10% por 2 e fez-nos um desconto de 20%. Ele também vota!
Ao chegar de avião, as minhas malas nunca mais apareciam na área de recolha da bagagem. Fui então ao sector da bagagem extraviada e disse à mulher que as minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e disse-me para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos. "Agora diga-me, perguntou ela... o seu avião já chegou?" Ela também vota!
Isto é que está aqui uma telenovela
Uma das coisa que (também) costumo comentar quando amigos me perguntam sobre esta minha experiência moçambicana, é que a primeira vez que senti racismo em relação a mim, sem contar com aqueles inócuos "és racista", para fim de conversa, foi aqui.
E aqui está um exemplo disso. Vejam esta troca de mimos * que se armou por causa deste post, sobre esta notícia.
Não é a mesma coisa que me chamarem o politicamente incorrecto "porca branca" mas é racismo na mesma.
* No calor da refrega disse "os meus irmãos" quando queria dizer "o meu irmão"
segunda-feira, 10 de março de 2008
Ele há vocações que não se podem perder
Já há muito que "navego" na net (no meu caso dir-se-ia mais boiar ou flutuar, quanto muito remar). Cusco aqui e ali, a maioria das vezes até perder o rasto da minha rota inicial e se estou à vontade com o anfitrião digo de minha justiça, faço uma provocaçãozinha . . .
Nunca entrei em chats (sempre achei uma designação um pouco duvidosa) nem em nada desse género, vocês podem achar que não parece mas sou uma pessoa reservada. Mesmo o messenger, onde sempre me recusei a embarcar, só há pouco tempo experimentei pois apanharam-me de madrugada, a meses de distância e não resisti àquele "Olá! a tua madrinha está online".
Nestas minhas andaças fui inadvertidamente meter o nariz numa guerra das grandes, entre alguns dos gigantes da blogosfera portuguesa.
Como acontece por vezes, com assuntos que me despertam interesse, lá estava eu de dedo no ar "pfsor eu também me lembro disso". Entretanto, porque achei que o nível de achincalhamento com o Paulo (um outro que à sua maneira também é Querido e é em parte, responsável por este meu blog) exigia alguma da minha atenção, investiguei um pouco e descobri uma rede considerável de "diz que disse", "a minha pilinha é maior" e lavagem de roupa suja que nem na ribeira de Caneças.
Aprendi mais palavrões ontem, técnicos entenda-se, do que em todos os estudos que já fiz.
Muitos blogs depois: "you've got mail" . . . fui saber de desenvolvimentos. A refrega continuava e nem sinal de tréguas.
Retirei-me de mansinho, não vá o "aqui vai água" acertar-me em cheio . . .
Esta minha mania de meter o nariz em tudo . . . mas como diz o meu amigo Miguel "ele há vocações que não se podem perder".
domingo, 9 de março de 2008
"1984"
Em relação aos feeds, que ainda não percebi muito bem como funcionam, (as explicações que encontro referem sindicâncias de conteúdos, actualizações de sites, etc...) nem o seu verdadeiro alcance, parece-me que se assemelham um pouco ao "big brother" do "1984". Tal como o geolocation que quase toda a gente subscreve porque é "muita giro".
Um dá-me bandeirinhas o outro quase me permite ver o telhado do fulano que, em Itália, está neste momento, neste preciso momento, a ver o meu blog.
Posso também ficar a saber que aquele tipo que leu uma referência ao meu post, no Diário de sociologia, veio cuscar e saiu para a página do meu irmão. Talvez possa também, com alguma pachorra, ir à página deste e ver para onde é que aquele seguiu depois.
Isto não é espantoso e assustador?
Pst, por favor ... Sim! Você aí que está a olhar para mim
Não é por nada mas é que eu já tinha feito este apelo e fiquei na mesma. Foi como perguntar à central de ajuda . . . na mesmíssima.
Agora explique-me como se eu fosse uma criança de seis anos. O que são os feeds?
sábado, 8 de março de 2008
Esta Ministra da Educação é competente !!!
Ela conseguiu o que os seus antecessores, durante anos, tentaram sem sucesso: desmoralizar e descredibilizar os professores.
Efeitos secundários: mobilização
NOTA: O expresso pediu fotos, vídeos e sons aos participantes da manifestação. Eis a primeira selecção dos contributos que lhes chegaram.
sexta-feira, 7 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Já me desarrumaram a casa
Este meu cantinho "à blogueira mar plantado", onde recebo família e amigos, acolheu nestes últimos dias visitas importantes e inesperadas. Lá fui eu, à pressa, arrumar a bagunça que se instala depois de uma mudança (até aqui nada de novo).
Como sempre, depois dos visitantes sairem, ficou tudo num pandemónio . . . e o 2º semestre que já começou.
Nota: Também consegui reunir algumas bandeirinhas
Free at last
Sentada no chão da sala, a um metro da televisão, sozinha como nunca, vi Mandela sair da prisão.
Impedida de partilhar a minha emoção, abracei os joelhos com força. A alegria transbordava-me no coração.
Quando vi aquele velho simpático, que eu idolatrava, acenar para o povo imenso, que o aguardava, chorei. E já sem saber se chorava a alegria da sua libertação, ou a tristeza da minha prisão, quando ele levantou o punho, com a firmeza de quem não desiste, desaguei.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Mandela
Tomei conhecimento através do meu "jornal" que começaram as comemorações do 90º aniversário de Nelson Mandela.
Vieram-me à memória momentos . . . Free at last.
terça-feira, 4 de março de 2008
Palavras blográficas
Polémicas bloguisticas, uma vez mais, afastaram-me da intenção de escrever este post que me persegue desde ontem. Resolvida a questão, digo ao que venho.
Não tenho grandes conquistas materiais ou intelectuais. Vivi intensa e avidamente e vi muito. Observei, ajudei, amparei, alegrei e aconselhei muita gente. É isso que eu gosto de fazer (para além da música), assim como uma espécie de assessora existencial.
E do que vi, nos momentos mais bonitos, chocantes ou flagrantes, sempre ambicionei ter uma máquina fotográfica incorporada no olhar. Nunca conseguimos captar o instante no momento exacto. O sorriso esfriou, o barco passou, a luz mudou, o pássaro fugiu . . .
Frequentemente enquadro com os dedos a cena e . . . que fazer . . . guardo na memória.
Isto tudo porque me fizeram, eu considero, um dos elogios mais bonitos que me podiam fazer: "Blogue da Marta, as palavras são máquinas fotográficas". Foi de passagem, uma referência, mas para mim, um estímulo.
Agora é que "a mim ninguém me cala".
segunda-feira, 3 de março de 2008
MUDI-ME
Esta é a mensagem de despedida que figura no último post do meu anterior blog, que tanto me custou a deixar pois gostava muito do aspecto gráfico (que aqui não consigo recriar):
«Pois é, estou de saída para outros ambientes.
E perguntam vocês: porquê?
Porque não sou capaz de estar quieta. Porque mesmo quando estou em casa tenho que mudar alguma coisa. Mudar a mobília, o quarto, a sala ou até a casa, tenho é que estar sempre em movimento.
Ou então, se preferem, porque o outro sítio tem mais funcionalidades e este já não chegava para o que eu queria fazer.
Fui para http://martaim.blogspot.com»