quinta-feira, 27 de março de 2008

Você já foi à Casa Barry no Tofo? Não? Então não vá.

O Paulo bem tentou proporcionar-nos umas férias inesquecíveis no sítio onde ele mais gostou de estar . . . há sete anos.
Como podem adivinhar, nem tudo correu bem.

O transfer que nos custou uma fortuna foi feito num chapa, a assapar, em despique com outro ainda mais decrépito.
Mas a viagem era bonita e fomos abençados com chuva.

O verde alaranjou pelo caminho.
Coqueiros de madeixas ruivas, estampam de riscas o capim. Palhotas, do creme ao laranja, matizam as margens da estrada, cravejada de buracos meticulosamente delimitados por tinta fosforescente para os incautos nocturnos.

Numa cabana ao estílo rústico (com o serviço de limpeza assegurado pelo simpático e impecável Sr. Maurício), com uma praia para todos os gostos, deveriam ter sido as férias almejadas mas . . . naaaaa . . .
O que correu mal?

A alimentação. É sempre a alimentação. E dirão vocês na galhofa "lá estão eles armados em gourmets" . . . Não, não estávamos, apenas nos aborreceu o tempo de espera demorar uma média de duas horas. Esperámos uma e esperámos três, em toda as vezes que comemos no restaurante do lodge (não havia muita escolha por perto).
Numa das vezes, depois de uma hora de espera, o gerente (sul africano), veio informar-nos que a comida vinha dentro de quatro a quatro minutos e meio (que precisão). Não veio.

No penúltimo dia, depois de uma hora a ver os clientes que chegaram depois a comer, respingámos quando nos vieram perguntar se era bem ou mal passado, mas quando nos vieram trazer pãezinhos e margarina (não há manteiga nem para as torradas), porque ainda ía demorar um pouco, demos um basta (duas noites atrás tínhamos esperado três horas). Fomos comer umas sandes ao bar dos surfistas. Esses estão-se borrifando para o facto de sermos portugueses.

A nossa sorte (e ruína) foi a "Casa de comer", caro mas muito agradável e come-se bem. Mais tarde apercebemo-nos que é o refúgio das ONGs.

É caso para dizer: Você já foi à Casa Barry no Tofo? Não? Então vá . . . mas leve transporte e comida.

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