quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Lei de Murphy

Numa tradução livre no inicio do blog (por Tom Jobim), esta lei diz que quando algo corre mal, há sempre mais qualquer coisa que pode correr menos bem.

Em vésperas de regressar a Portugal, quisemos dar uns dias de praia à criança (não vai ter tempo para isso quando chegarmos). Depois de uma pesquisa nas páginas meteorológicas, cheguei à conclusão de que o tempo ia piorar.
Aqui, estamos no pino do inverno e está frio (o suficiente para eu me molhar só até ao joelho mas ainda dá para ela passar meia hora seguida no molho, de onde só sai quando eu a chamo porque em vez de um saudável vermelho-quase-lagosta, ela começa a ficar roxa). Decidimos de imediato (no primeiro fim-de-semana de Agosto).

Nota: faço notar, a quem não me conhece, que quando digo “vermelho-quase-lagosta” estou a gozar com os turistas que tanto apreciam esse tom e relevo de pele mas não me passa pela cabeça deixar a filhota chegar sequer à cor, quanto mais ao tom (é claro que já me descuidei mas é raro).

Tudo correu mal.
Como o Paulo muito bem sintetizou e sem entrar em pormenores, a natureza não programou a nossa ida à Inhaca. O resultado foi um dia de praia sem mar, pois a maré só encheu a horas indecentes. O vento estava tão forte e tão frio que nem na piscina dava para estar.

Bom . . . nem tudo correu mal . . . a meio da última noite e de uma insónia provocada pela algazarra que o vento fazia nas arvores (Sintra é, em comparação, o lugar mais silencioso do mundo), um pássaro (exótico certamente), que madrugada fora refilou bem alto por uma parceira, fez-me lembrar de que estamos em África e do meu fascínio por ela.
A espertina permitiu-me também traçar, com três horas de antecedência, um rigoroso plano de emergência, caso a avioneta (que o Paulo apelida de sapato) caísse no regresso.

Eu não tenho nada contra as avionetas de 15 lugares (apenas terror) mas tenho tudo contra os aviões em geral.
Até que me tenho portado muito bem, tendo em conta o pavor que tenho de voar numa lata fechada, atestada de gasolina e de ilustres e imprevisíveis desconhecidos.
Apenas duas vezes perdi a compostura. Uma, quando reparei que os lugares nos aviões normais estavam a ficar cada vez mais apertados, inclusivamente para mim que tenho a particularidade de caber em qualquer cochicho e uma segunda vez, quando um passageiro desesperado pelo calor tentou fazer uma ligação directa na ventoinha de uma avioneta (sapatinho) que tresandava a gasolina. “Por que no te quedas?!!!” (Ops! Má escolha e eu sem madeira por perto)

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa Tarde,

Acabei de criar um novo o site, o "escritores de blogues" (para visualizar o site basta clickar no meu nome). Este site é uma rede social destinada a todos os escritores de blogues que o fazem em português. O objectivo é criar um espaço comum a todos para que seja facilitado o contacto e a visibilidade de novos projectos independentemente da ferramenta (blogspot, sapo, wordpress) que utilizam.

Neste sentido gostava de o convidar, e a todos os escritores de blogues que estiverem interessados. Para tal basta seguir o link e carregar onde diz "Join this network".

Muito obrigado pela atenção,

Melhores Cumprimentos,

Stran