Eu digo e faço asneiras em qualquer lugar do mundo e em algumas línguas. Normalmente isso desperta simpatia ou uma saudável gargalhada.
Aqui em Moçambique, até um simples equívoco é constrangedor.
Um empregado no restaurante pergunta-me "Prá tomar ?" e eu respondo "Prato do Mar não, hambúrguer por favor", quando me apercebo da confusão, fico envergonhada.
Em qualquer outro sítio saberia rir, aqui, é como se estivesse a ofender alguém.
No outro dia perguntei ao Paulo, como quem conta uma anedota alentejana, "Quantos moçambicanos são necessários para decidir fazer um trabalho ?" (observava este grupo de trabalhadores no reservatório de água),
senti logo a necessidade de esculhambar os portugueses, os brasileiros-que-também-não-são-bons-de-assoar e mais quem viesse.
Toda a minha vida defendi os africanos, mesmo aqueles que fugindo à miséria, escolhiam o país opressor para refazer a vida. Porquê ? esta sensação de culpa ?
O Paulo aconselhou-me a ler "O remorso do homem branco".
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Já me faltavam pancadas . . .
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Olá Marta
Acabei de ler o teu post e pareceu-me que eu teria um problema semelhante. Por isso mesmo, se encontrar aqui "O remorso do homem branco" também o vou ler. Beijinhos para vocês, com um especialíssimo para a Sara. Agostinho
Escrito por: Agostinho at 2008/01/18 - 19:37:16
Enviar um comentário