Tenho o mesmo rímel que herdei da minha mãe (sem ela saber) desde a adolescência. Ou antes, tinha, o rímel desapareceu e algo me diz que já passou para a próxima geração. É muito raro pintar-me e quando o faço, uso apenas o dito e um pouco de cor nas maçãs e nos lábios, para ir a um jantar mais especial ou algo do género. Coisa leve. Normalmente só as mulheres é que reparam que me pintei.
Há dias, como não encontrava a relíquia, tive que pôr um rímel novo, uma incógnita para mim. Daqueles que, anunciam, dão mais volume às pestanas.
E não é que dão mesmo! Fiquei impossibilitada de pestanejar e duas linhas escuras atravessavam o meu campo de visão.
Como já não tinha tempo para limpar aquela pasta dura, limpei a escovinha com papel (como costumo fazer) para separar as pestanas melhor. Piorou. Em S. O. S. pedi à minha filha o pente das bonecas. Nada feito . . . por pouco não ficava com ele lá colado também. Entretanto a nossa boleia chegou e saímos.
Chegados ao restaurante, tive que avisar os convivas para terem cuidado com os cumprimentos, não fosse eu vazar-lhes um olho.
Vermelha, sem sequer ter posto blush, expliquei às duas convivas curiosas, que como estava habituada a usar o antigo, ainda não tinha experimentado aquele rímel novo e não lhe conhecia os efeitos perversos. Teria que vasculhar a casa e encontrar o outro.
“Mas o rímel só se pode usar até três meses depois de abrir! Pode causar infecções.”, “Nunca tive problemas". Aparentemente o meu rímel, o que herdei da minha mãe, já estava morto. Agora está morto e enterrado.
Tenho que ficar atenta às pestanas da filhota.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Brushing das pestanas
quinta-feira, 24 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Precious
Para quem, como eu, nunca teve oportunidade de os ver (o relvado era muito grande e eu sempre precisei de muito espaço para dançar) . . . mas se os ouvi . . . e se dancei . . .
Aqui o som não é tão bom, mas podem apreciar . . . como são belos os Dexy's Midnight Runners
Bem hajam! (que ainda agora me fazem saltar da cadeira "mis caderas")
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Justiça poética
Sabe tão bem, não é?
Não tenho que reclamar, contestar, nem escrever carta. É só esperar.
Há quem diga que vem com a volta do correio. Outros falam de pagamentos ou de Karma . . .
Pode levar dias ou anos (é melhor não esperar sentada) mas vêm sempre.
Eu nem quero saber se é o carteiro, o contabilista ou o Chi . . . não falha.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Viva la vida
Inti-Illimani "Alturas"
Para o aniversariante que fez anos em Março (Ops! quase deixava passar), um grupo que ele muito gosta e que fez 40 anos em Agosto do ano passado. Tem tudo a ver.
E obrigada ao avô que me ensinou o instrumento que me permitiu tocar estes temas pela vida fora . . . o assobio.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Uma blogger às cegas
No meio da confusão gerada pelos p-fólios do segundo semestre e outras confusões que não são agora para aqui chamadas, visitei a Yoani Sanchez no seu movimentado blog que já tinha referido aqui e aqui.
Porque o blog é censurado em Cuba aqui vai o texto original e a tradução possível.
01 07 2008
Red ciudadana
Escrito por: Yoani Sanchez en Generación Y
«Lo que comenzó como un impulso individual, se está convirtiendo en una plaza de encuentro para la discusión y el debate. Generación Y ha logrado involucrar a un montón de personas en todas partes del mundo que me ayudan con la actualización, las traducciones y la difusión de los textos. La colaboración principal ha sido para colgar los posts, pues desde la última semana de marzo no he podido acceder al sitio en los cibercafé públicos ni en los hoteles. De manera que envío mis textos por email, algunos amigos los publican y me mandan -también por correo electrónico- los comentarios que dejan los lectores. Soy una blogger a ciegas, una cibernauta con una balsa que hace aguas y que logra flotar gracias al apoyo de una espontánea red ciudadana.
Todo el portal http://www.desdecuba.com/ sigue bloqueado en los servidores de locales públicos. He ido haciendo una copia de los mensajes de error que muestran los navegadores cuando intento acceder y aquí les dejo una muestra. También sé que el apagón no es total. Amigos que tienen internet en sus centros de trabajo pueden visitar el sitio, pero eso me sirve de poco, pues a esos lugares soy yo la que no puedo entrar.
No obstante, tengo los mismos deseos de escribir en esta bitácora que cuando empecé. Ahora con más testarudez, pues no hay nada que me resulte más atractivo que aquello que se me impide hacer. Para saltar las dificultades de la conectividad y llegar a los lectores dentro de la Isla, otros amigos han creado un minidisk con el contenido del Blog, que distribuyen gratuitamente. A todos quiero agradecerles el apoyo, los remos y el viento que me permite mantener el rumbo.»
«O que começou como um impulso individual, está a tornar-se num local de encontro para discussão e debate. O Geração Y conseguiu envolver um grande número de pessoas em todas as partes do mundo que me ajudam com a actualização, as traduções e a divulgação dos textos. A principal colaboração tem sido para colocar os posts, pois desde a última semana de Março não tenho podido aceder ao site nos cibercafés públicos ou nos hotéis. De maneira que envio os meus textos por e-mail, alguns amigos publicam-nos e mandam-me - também por correio electrónico - os comentários que os leitores deixam. Sou uma blogger às cegas, uma cibernauta com uma jangada que mete água e que consegue flutuar graças ao apoio de uma rede espontânea de cidadãos.
Todos o portal http://www.desdecuba.com continua bloqueado nos servidores dos locais públicos. Tenho vindo a fazer uma cópia das mensagens de erro que os navegadores mostram quando tento aceder e aqui lhes deixo uma amostra. Também sei que o apagão não é total. Amigos que têm Internet nos seus locais de trabalho pode visitar o site, mas isso serve-me de pouco, pois nesses lugares sou eu quem não pode entrar.
No entanto, tenho a mesma vontade de escrever neste blog que quando comecei. Agora com mais teimosia, porque não há nada que resulte mais atractivo para mim que aquilo que se me impede de fazer. Para ultrapassar as dificuldades de conectividade e chegar aos leitores dentro da Ilha, outros amigos criaram um minidisco com o conteúdo do blog, que distribuem gratuitamente. A todos quero agradecer o apoio, os remos e o vento que me permitem manter o rumo.»
Não tem de quê, ajudar é sempre um prazer.